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A Revolução Russa, o surgimento da URSS e o seu colapso

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A Revolução Russa, o surgimento da URSS e o seu colapso
Vladimir Lenin saúda compatriotas após voltar do exílio na Suíça a Petrogrado, pouco após a revolução russa / Foto: Reprodução

A Revolução Russa foi um evento de grande importância histórica que ocorreu em 1917 na Rússia, que resultou na derrubada do regime czarista e na ascensão do poder dos bolcheviques, liderados por Vladimir Lênin. A Revolução foi marcada por dois principais momentos:

  • Revolução de Fevereiro (Março de 1917): Este foi o primeiro estágio da Revolução Russa, caracterizado pelo descontentamento popular com o governo czarista de Nicolau II devido à participação na Primeira Guerra Mundial, à escassez de alimentos e à crescente agitação social. Os protestos populares em Petrogrado (atual São Petersburgo) levaram à abdicação do czar e à formação de um governo provisório liderado pelos moderados, composto principalmente por membros da Duma (parlamento russo). No entanto, este governo provisório não conseguiu resolver os problemas enfrentados pelo país, levando ao segundo estágio da revolução.

Revolução de Outubro (Novembro de 1917): Este foi o estágio final da Revolução Russa, quando os bolcheviques liderados por Lênin realizaram um golpe de Estado armado, derrubando o governo provisório e assumindo o controle do país. Isso levou à criação de um novo regime político baseado nos princípios do marxismo-leninismo, com o Partido Comunista no poder. A Revolução de Outubro estabeleceu as bases para a formação da União Soviética.

A União Soviética (URSS) foi oficialmente estabelecida em 1922, consolidando o poder dos bolcheviques sobre as diferentes repúblicas e territórios que compunham o antigo Império Russo. A URSS foi governada por um regime comunista totalitário, com um sistema de partido único liderado pelo Partido Comunista da União Soviética (PCUS).

Durante as décadas seguintes, a URSS se tornou uma potência global, desempenhando um papel significativo na política internacional e na Guerra Fria, rivalizando com os Estados Unidos e seus aliados ocidentais.

No entanto, a União Soviética enfrentou uma série de desafios internos e externos que eventualmente levaram ao seu colapso:

Crescentes pressões econômicas: O sistema econômico centralizado e planificado da URSS mostrou-se ineficiente e incapaz de acompanhar as economias capitalistas ocidentais. Isso levou a crises de escassez, má qualidade dos produtos e estagnação econômica.

Pressões políticas e sociais: O regime totalitário da URSS reprimia qualquer forma de oposição política e restringia severamente as liberdades individuais. Isso gerou crescente descontentamento entre a população, especialmente nas repúblicas periféricas da União Soviética, que buscavam maior autonomia e liberdade.

Guerra no Afeganistão: O envolvimento da URSS na guerra no Afeganistão (1979-1989) foi desastroso tanto do ponto de vista econômico quanto moral. A guerra prolongada e a resistência feroz dos mujahideen afegãos minaram ainda mais a legitimidade do governo soviético.

Reformas políticas de Mikhail Gorbachev: O líder soviético Mikhail Gorbachev implementou uma série de reformas políticas e econômicas conhecidas como perestroika (reestruturação) e glasnost (transparência), visando modernizar e liberalizar o sistema soviético. No entanto, essas reformas também desencadearam processos de desintegração política e social que levaram ao colapso da União Soviética.

O colapso da União Soviética ocorreu em 1991, quando várias repúblicas soviéticas declararam independência, culminando na dissolução oficial da URSS em dezembro daquele ano. Esse evento marcou o fim da Guerra Fria e teve um impacto profundo na política internacional, resultando na emergência de novos Estados independentes na Europa Oriental e na Ásia Central, além de um rearranjo significativo das relações geopolíticas globais.

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