O primeiro golpe do país foi o que os portugueses deram nos habitantes locais, as tribos indígenas, que em troca de pentes, espelhos e miçangas, levaram mais de 8 milhões de km2, de quebra ainda foram escravizados, catequizados e assassinados.
Mais tarde o golpe da lei Aurea ,a “libertação” dos escravos. Há quem diga que princesa Isabel libertou os escravos, coitada, foi usada no golpe das elites que acharam por bem ” libertar” os escravos ( Brasil foi o último país a fazer isso), assim mesmo, só o fizeram por livre e espontânea pressão da Inglaterra, que só reconheceria o Brasil independente se libertassem os escravos. Os motivos foram muitos, nenhum deles por questões humanitárias. E tanto isso é verdade que não havia sequer uma política social em apoio aos escravos que simplesmente foram largados a sua própria sorte.
E aí, logo em seguida temos o golpe da República, que nada mais foi que um golpe militar, que depôs a monarquia, mandou D. Pedro II às favas e tomaram conta do país, tudo isso com aval das elites que apenas visavam seu próprio bem estar.
E de lá pra cá, temos tido um golpe atrás do outro, sempre as elites, os latifundiários, grandes empresários e banqueiros, tendo como salva guarda as forças armadas, que nunca serviram o país, mas sim a eles, os que se acham donos do território, na cabeça deles por direitos adquiridos através de sobrenomes importantes, contas bancárias cheias e que lhes concede o direito de fazer do país o que bem entendem.
O golpe da República de bom só teve a deposição da monarquia, fora isso saímos de uma armadilha para cair em outra, essa que perdura até hoje, pois continuamos escravizados, de uma forma ou de outra.
E todos esses golpes foram dados na base da enganação, com apoio do povo que foi ludibriado que era pro bem do país e do povo. Os índios deveriam se sentir felizes porque a partir daquela “bela” troca a vida deles mudaria para sempre, afinal iam deixar de ser “selvagens” para ser civilizados. E foi assim sempre, o povo apoiando golpe atrás de golpe, sempre pensando que seria pro seu bem. Foi o que vimos no último, em 2016, quando impediram uma presidenta eleita democraticamente de continuar seu mandato, tudo pelo “bem do país “, com ajuda do povo, que, mais uma vez, foi enganado.