O Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse nesta quarta-feira, 9, em entrevista exclusiva à CNN Brasil, informações sobre o plano nacional de imunização para a covid-19. Segundo Pazuello, o país só começará a vacinar em pequenas doses, no fim de dezembro, caso a farmacêutica norte-americana Pfizer adiante a entrega da vacina ainda esse mês.
“O uso emergencial pode acontecer agora, em dezembro, por exemplo? Em hipótese, se nós tivermos as doses recebidas, se nós fecharmos o contrato com a Pfizer. Isso pode acontecer no final de dezembro e começo de janeiro. Mas em doses pequenas”, declarou o ministro.
Já o presidente da farmacêutica Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse nesta terça-feira, 8, que a empresa quer iniciar a vacinação “imediatamente após a aprovação de uso emergencial” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A demora para fechar o negócio, segundo Murillo, atrasou os planos de vacinar os brasileiros ainda em dezembro de 2020. O presidente da empresa acredita que só será possível iniciar a imunização em janeiro de 2021.
O plano de imunização contra a Covid-19 tem 95 páginas. Pazuello destacou que o plano é nacional. “Nosso país jamais será dividido”, disse, em crítica velada ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
A reunião do titular da Saúde com governadores na última terça-feira, 8, teve momentos de tensão, protagonizados principalmente entre Doria, que fez questionamentos sobre os investimentos do governo para obter de forma rápida uma vacina, e o chefe da pasta.
A compra da vacina é realizada pelo governo federal. Cabe aos estados promover a imunização nas capitais; os governadores serão responsáveis por distribuir a vacina aos municípios. Já há um acordo com empresas aéreas para que as entregas sejam feitas de forma mais rápida.
Fonte: Roma News