Conforme noticiado pelo Correio Braziliense (citando levantamento do Estadão), a Câmara dos Deputados desembolsou um total de R$ 3,3 milhões para sustentar os gabinetes de três deputados que estão ausentes de suas funções há meses.
Os beneficiados incluem Chiquinho Brazão (RJ), cassado em abril após um ano de prisão e faltas excessivas, que consumiu R$ 1,9 milhão; Eduardo Bolsonaro (SP), licenciado para morar no exterior, cujo gabinete gastou R$ 900 mil; e Carla Zambelli (SP), que está detida na Itália e teve R$ 300 mil consumidos pela sua estrutura.
A manutenção ativa dessas equipes, custeada com recursos públicos, escancara um vácuo nas regras que regulam o funcionamento dos gabinetes parlamentares. A situação causou revolta em outros congressistas, como Alencar Santana (PT-SP), que apresentou um projeto para encerrar o que chamou de “deputado home office” ao proibir gabinetes ativos para parlamentares afastados. Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou o cenário como um “escárnio”.
Apesar da pressão, os processos disciplinares contra os deputados correm lentamente nas comissões da Casa.