Ciro Gomes poderá ser o presidente que não tivemos

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Ciro Gomes poderá ser o presidente que não tivemos
Pedetista Ciro Gomes, maior nome do PDT / Foto: Reprodução

Ciro Gomes nascido em 6 de novembro de 1959 em Pindamonhangaba, São Paulo. É um político experiente, o mesmo já passou pelo PDS (1980 – 1983), PMDB (1983 – 1988), PSDB (1988 – 1996), PPS (1996 – 2005), PSB (2005 – 2013), PROS (2013 – 2015), PDT (2015 – presente) foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, Ministro da Fazenda (Governo Itamar Franco), Ministro da Integração Nacional (Governo Lula) e deputado federal. Ciro já concorreu à Presidência da República por duas vezes (em 1998 e em 2002). 

Político preparado

Ciro é um político muito inteligente e preparado. Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará e cursou economia em Harvard. Em suas entrevistas e palestras se apresenta como alguém que conhece muito de economia, contestando economistas e projetos econômicos já experimentados no Brasil. O uso de linguagem técnica em várias situações passa a ideia de que seu interlocutor está errado. E só aqui pra nós Ciro já cometeu vários erros de abordagem e um deles foi quando disse “Metas de inflação só existem no Brasil” a outros casos.

Ciro e Enéas

Contudo, Ciro arrisca ser um tipo de Enéas – fundador do extinto PRONA (Partido de Reedificação da Ordem Nacional) – aquele político conhecido pela barba exótica e pelo brado inesquecível “Meu nome é Enéas“. Enéas dentre tantas especialidades foi médico cardiologista e Militar, como sargento do Exército foi condecorado com a Medalha Marechal Hermes que dar relevo ao mérito intelectual de oficiais e praças que hajam distinguido nas Escolas do Exército ou nos concursos para as funções do Magistério Militar”. É a mais importante medalha acadêmica e a mais abrangente de Mérito Escolar no âmbito das Forças Armadas. Enéas era um exímio crítico de Lula e dele falou “Lula não tem o mínimo de arrumação intracromossomial especifica para dirigir o país“, pérolas de Enéas.

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Três vezes presidenciável

Candidatou-se três vezes à Presidência da República (1989, 1994 e 1998). Nas eleições de 1994 com o tempo 1 minuto e 17 segundos no horário gratuito. O resultado surpreendeu os especialistas em política. Enéas foi o terceiro mais votado, com mais de 4,6 milhões de votos (7%), ficando à frente de políticos consagrados, como o então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, e o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia.

Porém, Enéas morreu em 6 de maio de 2007 vitima de leucemia. Morreu sem ver seu sonho de ser presidente tornar-se realidade. Enéas partiu mais deixou em muitos brasileiros a sensação de que “Ele Foi O Presidente Que Não Tivemos”.

Político de língua afiada

Voltemos a Ciro Gomes, político da língua afiada já criticou Lula afirmando que uma candidatura do mesmo é desserviço ao país. Criticou João Doria, prefeito de São Paulo, chamando-o de farsante e prefake (prefeito falso). Não polpou Bolsonaro “Eu, Ciro Gomes, acho, não concordando com absolutamente nada do que o Bolsonaro fala, diz ou representa, que ele é mais íntegro….que qualquer tucano“. Acusou Bolsonaro de ser amigo de Eduardo Cunha, e na Jovem Pan se referiu a Bolsonaro com os adjetivos despreparado e moralista de goela (referência ao valor recebido pela JBS, que na ocasião era lícito, mas Bolsonaro preferiu devolver o valor ao partido e o partido depositou o mesmo valor na conta de Bolsonaro, espécie de lavagem de dinheiro). 

Ciro Gomes é a esperança de muitos esquerdistas caso Lula não dispute as eleições, porém tanto PT e PCdoB demonstram ter planos diferentes, ficando somente o PSOL como provável apoio. 

E se ele fosse?

Finalmente, Ciro Gomes, o político de temperamento quente e de resposta afiada, demonstra ser em sua história política, um político decente e honrado, não pelo fato de ter rejeitado as aposentadorias de prefeito, governador e deputado, mais por ter ficha limpa. O pedetista “… tem mais de 37 anos de vida pública, nunca respondeu a nenhum inquérito por corrupção ou malversação do dinheiro público“. Além de ficha limpa, sua experiência política fala por si. Ciro de fato se destaca e se apresenta desde sua primeira candidatura a presidência em 1998 como alguém preparado para comandar o país, e de fato quando o vemos falar essa impressão cresce e cresce. Porém, a exemplo de Enéas, na hora H seu brilho se desvanece e se dissipa, ficando somente a sensação de que ele poderia ser, mas não foi. E talvez Ciro Gomes entre para história como o presidente que nunca foi, mas que poderia ter sido. E se ele não for ficará somente a pergunta, e se ele fosse?

2018 vem aí e com ele as eleições. O que será de Ciro Gomes? O presente pouco nos diz, mas com certeza as urnas nos revelará tudo.

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