Depois de duas semanas de negociações, a COP16 da Biodiversidade, realizada na Colômbia, avançou em questões políticas, mas continua a enfrentar desafios na proteção da biodiversidade devido à falta de financiamento adequado.
Embora quase 200 países tenham concordado em criar um fundo para compartilhar os lucros do uso de sequências genéticas digitais, o montante esperado para projetos de conservação ainda está distante da meta inicial.
As discussões resultaram em um reconhecimento formal das contribuições de comunidades afrodescendentes e indígenas para a preservação, estabelecendo um grupo permanente de diálogo sobre o papel desses povos. Apesar disso, muitas decisões foram adiadas devido ao esgotamento do quórum após intensas rodadas de debate, o que fez a ministra colombiana do Meio Ambiente, Susana Muhamad, encerrar a sessão final sem resolver pontos essenciais.
Esses atrasos podem comprometer as metas globais acordadas na COP15, como a promessa de proteger ao menos 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030 e garantir US$ 200 bilhões para conservação até o fim da década. Até agora, apenas US$ 407 milhões foram assegurados, o que gera incerteza sobre a viabilidade dos objetivos.