O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) gerou polêmica ao defensor, durante participação no podcast Redcast, a separação do Brasil em dois países, denominados “Brasil do Norte” e “Brasil do Sul”. A declaração, dada em 18 de setembro de 2025, surgiu em uma discussão sobre a desproporção entre o número de senadores e a população dos estados brasileiros. Bilynskyj propôs que as regiões Norte e Nordeste formassem o “Brasil do Norte”, enquanto o Centro-Oeste, Sudeste e Sul formassem o “Brasil do Sul”.
O deputado argumentou que a divisão resultaria em uma extensão territorial mais reduzida, o que, segundo ele, tenderia a favorecer a democracia, já que historicamente países menores seriam mais democráticos em comparação às grandes extensões territoriais, que teriam maiores tendências a ditaduras.
Além disso, o parlamentar justificou a separação com base em diferenças políticas entre as regiões: afirmou que o Norte votaria no ex-presidente Lula, enquanto o Sul votaria no presidente Bolsonaro, evidenciando que a divisão “resolveria” essas divergências eleitorais. Contudo, esta afirmação contém um erro factual, já que nas eleições de 2022 Bolsonaro teve maioria dos votos na região Norte e Lula no Sul.
A proposta gerou um fato imediato, sendo definidas por muitos como ideia separatista, além de provocar indignação nas redes sociais e críticas de especialistas e outros políticos. Legalmente, a divisão do país é inviável, pois a Constituição Federal de 1988 estabelece o Brasil como uma República Federativa indivisível, não permitindo a separação territorial. A previsão política e jurídica da proposta, portanto, é praticamente inexistente no cenário atual.
Destaques da matéria
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O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) defende a separação do Brasil em “Brasil do Norte” (Norte e Nordeste) e “Brasil do Sul” (Centro-Oeste, Sudeste e Sul).
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Justificativa baseada em diferenças políticas regionais e argumento sobre tamanho territorial e democracia.
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Reação imediata de surpresa e críticas classificando a ideia como separatista e divisiva.
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Erro factual na afirmação sobre votos nas eleições presidenciais de 2022.
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A Constituição de 1988 considera o Brasil indivisível, tornando a proposta legalmente inviável.
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A proposta gerou amplo debate e repercussão negativa nas redes sociais e na mídia.
Essa fala de Bilynskyj reforça políticas regionais e simbólicas no país, despertando discussões sobre representatividade, divisão territorial e previsões da democracia no Brasil.