Publicado originalmente em 1971, em Montevidéu, Uruguai, “As Veias Abertas da América Latina” é uma obra fundamental de Eduardo Galeano que combina história, economia e política para denunciar a exploração crônica do continente.
O livro traça, de forma narrativa e apaixonada, cinco séculos de pilhagem dos recursos naturais e da força de trabalho latino-americana por potências estrangeiras, desde a colonização europeia até o neoimperialismo.
Galeano argumenta que o subdesenvolvimento da região não é uma etapa anterior ao desenvolvimento, mas sim sua consequência direta, fruto de uma relação desigual que sangrou e continua sangrando o continente.
Seis Pontos Centrais da Obra:
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Pilhagem Histórica: A América Latina foi estruturalmente saqueada em seus recursos (ouro, prata, borracha, açúcar, estanho).
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Divisão Internacional do Trabalho: A região foi forçada a ser uma fornecedora de matérias-primas para os centros industriais, impedindo seu próprio desenvolvimento autônomo.
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Dependência Econômica: A riqueza exportada sempre financiou o desenvolvimento alheio, criando um ciclo vicioso de dependência e dívida.
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Violência como Método: A exploração foi sustentada por séculos de violência, desde a conquista até as ditaduras militares do século XX.
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Capital Estrangeiro: Eduardo Galeano critica o papel das multinacionais e do capital internacional, que perpetuam a extração de riqueza.
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Resistência e Luta: A obra também é um registro da resistência contínua dos povos latino-americanos contra a opressão.
