A disputa presidencial no Chile ganhou contornos decisivos após o primeiro turno, marcado por uma forte fragmentação do eleitorado e pelo avanço das forças de direita. Jeannette Jara, representante da esquerda e figura de destaque do Partido Comunista, garantiu 26,8% dos votos e assegurou sua vaga no segundo turno. Do outro lado, José Antonio Kast, líder da extrema-direita chilena, consolidou-se como o principal adversário após seu campo político somar a maior parte dos votos na primeira etapa da eleição.
O resultado também trouxe uma surpresa significativa: o populista Franco Parisi obteve um desempenho acima do esperado, alterando o equilíbrio das forças políticas e evidenciando o descontentamento de parte do eleitorado com as opções tradicionais. Sua votação expressiva reforçou a percepção de que o país vive uma fase de polarização e busca por alternativas fora do espectro político convencional.
Agora, o Chile se prepara para escolher quem governará o país entre 2026 e 2030. A disputa entre Jara e Kast representa dois projetos de nação radicalmente distintos — um voltado para o reforço das políticas sociais e trabalhistas, outro defensor de um Estado mais enxuto e de posições conservadoras. O segundo turno promete ser decisivo para definir os rumos políticos e econômicos do país nos próximos anos.
