Ex-governador do Paraná está sendo investigado por suposto envolvimento na duplicação da rodovia PR-323
A Justiça Eleitoral devolveu ao juiz Sergio Moro inquérito que investiga suposto pagamento de propina ao ex-governador do Paraná e pré-candidato ao Senado Beto Richa (PSDB), envolvendo a duplicação da rodovia PR-323.
A informação foi revelada pelo G1 e confirmada pela Folha de S.Paulo com a assessoria do tucano. O inquérito está sob sigilo.
No final de junho, obedecendo determinação do Superior Tribunal de Justiça, Moro encaminhou o inquérito para a Justiça Eleitoral. Ainda assim, o magistrado defendeu a competência da Justiça Federal, ressaltando que não se tratava de “mero caixa dois”.
Segundo delatores da Odebrecht, foi autorizado o repasse de R$ 4 milhões para o governo Richa, em 2014, em troca do favorecimento da empreiteira em licitação para duplicação da PR-323.
De acordo com laudo da Polícia Federal, os sistemas de contabilidade paralela da Odebrecht indicam R$ 3,5 milhões atrelados ao centro de custo da obra da PR-323. Outros arquivos, de acordo com a polícia, se referem a Richa.
Além disso, o Ministério Público Federal informou que Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná, delatou direcionamento da licitação para a empreiteira, mediante o pagamento de propina.
Em nota, a defesa de Richa afirmou que já apresentou recurso ao Tribunal Regional Eleitoral por entender que a decisão do STJ está sendo descumprida. O ex-governador tem negado as acusações. Com informações da Folhapress.