A pesquisa reaizada pela Tendências Consultoria, considerou ganhos com trabalho, previdência, programas de transferência de renda, investimentos, juros e aluguéis para estimar a renda, e verificou-se que as classes D/E, com rendimentos familiares mensais de até R$ 3,1 mil, representam 55,4% da população. Há dez anos, esse grupo somava 48,7%.
“Como a classe média é muito dependente do rendimento do trabalho, a conjuntura econômica do Brasil na última década acabou jogando os mais vulneráveis deste grupo para a camada mais pobre da população”, explica, ao jornal O Globo, o economista Lucas Assis, analista da Tendências e especializado em mercado de trabalho e estudos regionais de classes.
Segundo Assis, o aumento do número de brasileiros mais pobres é resultado de uma classe média que minguou após enfrentar a recessão de 2015-2016 e os efeitos da pandemia, que fragilizaram o mercado de trabalho e diminuíram a renda.
“Houve migração das famílias de classe média para as classes mais baixas. O Brasil, assim como outros países de economia emergente, tem uma parte da classe média muito próxima da situação de pobreza. Estavam na classe média, mas eram vulneráveis”, completou.
Com informações de DCM
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