OMS: relatório aponta para origem animal do novo coronavírus

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OMS: relatório aponta para origem animal do novo coronavírus
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O relatório ainda não foi publicado oficialmente, mas a agência AFP teve acesso ao documento e divulgou suas conclusões nesta segunda-feira (29). Na época da missão, os especialistas da OMS já haviam informado que todos os indícios apontavam para uma origem animal do novo coronavírus.

Uma comissão de especialistas internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que é “muito provável” que o coronavírus Sars-CoV-2 tenha sido transmitido de morcegos para humanos por meio de um animal intermediário.

Além disso, o relatório aponta que é “extremamente improvável” a hipótese de que o vírus tenha escapado de um laboratório. O documento é resultante da missão da OMS em Wuhan, cidade chinesa que foi o marco zero da pandemia, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.

“O trabalho de campo não provocou nenhuma reviravolta nas convicções que já tínhamos antes de começar”, disse o chefe da delegação, Peter Ben Embarek, em 9 de fevereiro.

Já segundo o relatório, é “possível” que o Sars-CoV-2 tenha sido transmitido para o ser humano diretamente por morcegos, porém a maior probabilidade é de que o salto de espécie tenha sido feito por meio de um animal intermediário.

“Apesar de vírus semelhantes terem sido encontrados em morcegos, a distância evolucionária entre esses vírus e o Sars-CoV-2 é estimada em várias décadas, sugerindo um elo perdido”, diz o documento.

“O cenário que prevê um hospedeiro intermediário é considerado de provável a muito provável”, acrescenta o relatório, que, no entanto, não conseguiu concluir qual animal teria sido o intermediário entre morcegos e humanos.

Os especialistas também não descartaram a hipótese de transmissão via alimentos congelados, já que o vírus é capaz de sobreviver em temperaturas negativas – essa é a teoria ventilada pela China.

Em pouco mais de um ano, o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, já infectou pelo menos 127,3 milhões de pessoas e deixou cerca de 2,8 milhões de mortos.

Com informações de IstoÉ

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