Pará já teve 39 casos de feminicídio somente em 2018

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O Pará já registra 39 casos de feminicídio somente em 2018, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). São dez mortes a mais que no mesmo período de 2017.

Nesta segunda (22), a jovem Waleska foi vítima de tentativa de feminicídio ao ser esfaqueada pelo ex-companheiro. Ela foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, onde permanece internada.

O último caso de feminicídio ocorreu na última sexta-feira (19), dia do aniversário da vítima Ingrid Carolina Marques Pinto, 20. Ela foi morta esfaqueada pelo ex-marido no bairro do Curuçambá, em Ananindeua, na região metropolitana de Belém.

A vítima deixou três filhos, sendo dois deles com o autor do crime, Daniel dos Santos. Os familiares dela estavam do lado de fora da casa e presenciaram o assassinato.

Com a prisão decretada, Daniel chegou a tentar fugir, mas está internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, depois de tentar suicídio logo em seguida ao crime.

A mãe de Ingrid, Hérica Marques, disse que a filha havia acabado de pegar um dos filhos, quando foi puxada pelo ex-marido para dentro da casa, onde foi mantida trancada.

“Eu estava aqui na frente de casa e fui lá pedir pra ele soltar ela. Aí ele apareceu com uma faca grande e mandou eu me afastar, perguntando se eu queria levar facada também”, contou.

Hérica disse ainda que chegou a implorar pela vida da filha, mas não adiantou. “O que eu senti na hora foi que ela estava tão perto de mim, mas tão distante ao mesmo tempo. Me senti impotente na hora”. Segundo a mãe, Ingrid sofria contantes ameaças de morte e já havia sido agredida várias vezes. “Era uma tragédia anunciada, infelizmente”.

Daniel já está sob custódia da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) e deve ser transferido para o presídio assim que receber alta, segundo a Polícia.

Sensação de impunidade

Para a delegada Janice Aguiar, da Delegacia da Mulher, a sensação de impunidade é um dos motivos pelo aumento do número de casos.

“O agressor continua praticando o crime com a certeza da impunidade. Em flagrantes, a primeira pergunta que eles fazem é de quando é a audiência de custódia, acreditando que vão sair”, afirmou.

A violência doméstica pode envolver abuso emocional, social, físico, sexual, financeiro e perseguição. O feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino” e pode levar à pena de doze a trinta anos de prisão.

As suspeitas de comportamento possessivo, agressivo, violento e criminoso devem ser denunciadas à Polícia pelo número 180.

Fonte: G1 Pará

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