Na 2ª sessão da Reunião de Mulheres Parlamentares do BRICS, representantes dos países do bloco defenderam o papel estratégico das mulheres na resposta à crise climática, com foco em justiça de gênero e empoderamento feminino. Entre as propostas, destacou-se a criação de um fundo específico para projetos liderados por mulheres em comunidades vulneráveis.
A senadora brasileira Leila Barros sugeriu cinco ações concretas para integrar gênero e clima: o fundo climático do BRICS, plataformas de educação ambiental, um pacto de liderança feminina, apoio a negócios verdes e um observatório de gênero e clima. “Nossa presença deve se traduzir em ações concretas”, afirmou.
Presidindo a reunião, a senadora Dra. Eudócia reforçou que justiça climática exige justiça de gênero e destacou o papel das mulheres ribeirinhas, indígenas e periféricas. A deputada Célia Xakriabá alertou para os riscos de retrocessos ambientais e a importância da visão indígena.
Representantes da África do Sul, Índia, Irã, Emirados Árabes e Egito também ressaltaram os impactos desproporcionais das mudanças climáticas sobre as mulheres e defenderam sua inclusão nas decisões e acesso a financiamentos. A parlamentar russa, Roza Chemeris, divergiu ao sugerir que igualdade de gênero não seja vinculada a agendas específicas como a ambiental.
Apesar das diferenças, o encontro reforçou a urgência de políticas climáticas sensíveis ao gênero e de maior presença feminina em espaços de decisão.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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