Programa de Saúde do Policial Militar encerra 2020 com mais de 3.700 atendimentos

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Programa de Saúde do Policial Militar encerra 2020 com mais de 3.700 atendimentos
De junho de 2019 a dezembro deste ano, quase 3 mil homens e mulheres da corporação que atuam no interior do Estado foram beneficiados

Mesmo em um período parcialmente comprometido pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo, de junho de 2019 a dezembro de 2020, o Programa Itinerante de Atenção à Saúde do Policial Militar (PAS PM) realizou 3.720 atendimentos gerais no interior do Estado, beneficiando 2.967 policiais militares, o que corresponde a mais de 30% da tropa que atua fora da Região Metropolitana de Belém. O Programa encerrou as atividades de 2020 na sexta-feira (18), com visita a cinco unidades do Comando de Policiamento Regional III (CPR III), sediado em Castanhal.

O objetivo do PAS PM, desde 2017, quando foi criado, é proporcionar atendimento biopsicossocial aos policiais militares, levando até eles acesso a atendimentos nas áreas médica, psicológica, espiritual, nutricional, fisioterapêutica e odontológica. Quase 20 profissionais, todos policiais militares, compõem, hoje, a equipe multidisciplinar do PAS PM, idealizado e implementado pela 1ª Seção do Estado-Maior Geral.

“O Programa é uma forma de captar dados sobre a saúde da tropa. De acordo com os diagnósticos obtidos em cada Comando Intermediário, o Corpo Militar de Saúde elabora uma proposta para atuar sobre esse quadro”, explica a major Ana Carolina Miranda, coordenadora do PAS PM desde 2019.

Equipe multidisciplinar do Programa é formada por cerca de 20 profissionais, todos policiais militares
Resultados

O 2º sargento Alberto Palheta, 50 anos, da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar (3ª CIPM), em Vigia de Nazaré, é um exemplo de que o PAS tem dado certo, já que após a primeira visita do Programa à sua unidade, em 2018, ele decidiu mudar os hábitos de vida.

“Com as orientações da nutricionista, passei a ter uma alimentação saudável, comecei a praticar atividade física e, com isso, vieram os benefícios: maior disposição para o serviço, ânimo e diminuição do estresse, que era bastante elevado”, comemora o policial.

O cabo Gilcimar da Silva, 41 anos, que atua em São Miguel do Guamá, na 9ª Companhia Independente de Polícia Militar, foi um dos 267 participantes do Programa no CPR III e saiu satisfeito com as ações prestadas. “Esse serviço, vindo da instituição, nos ajuda muitas vezes a descobrir problemas de saúde que a gente mesmo não sabia”, reconheceu o policial.

Em Tomé-Açu, o cabo Valmor Santos, 36 anos, que está com diagnóstico de hérnia de disco e precisou ser afastado das atividades, foi levado pelos companheiros da 14ª Companhia Independente da Polícia Militar (14ª CIPM) para receber atendimento fisioterapêutico disponibilizado pelo PAS PM. Após ser avaliado pela major Ilca Cardoso, fisioterapeuta da PM, o militar recebeu todo o apoio da corporação, e colaboração da Secretaria Municipal de Saúde para a transferência dele para Belém, onde será acompanhado, de perto, por equipe médica especializada e pelo próprio Corpo Militar de Saúde, por meio do neurocirurgião da PM, major Marcelo Lima.

“Fiquei feliz porque eu teria que fazer tudo por meios próprios e a corporação agora está me dando essa ajuda. Esse auxílio é muito importante”, contou o cabo Santos, visivelmente mais tranquilo, após receber atendimento.

Preocupação maior é com a saúde e o bem-estar dos PMs que atuam fora da Região Metropolitana de Belém
Para o comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Marcelo Costa, a preocupação da PM com a saúde é absolutamente válida. “É ela que vai fazer com que o policial esteja em condições de atuar no dia a dia para defender a sociedade”, destacou o oficial.

Além de realizar palestras e atendimentos aos policiais da ativa e da reserva remunerada, representantes do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciap), que também compõem o Programa, visitaram os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) nos municípios de Castanhal e Vigia.

Crédito: Ascom / PMPA
Desde 2019, o Programa conta com uma carreta itinerante, garantindo um local mais adequado para os atendimentos
Avanços

A major Ana Carolina Miranda avalia que uma das principais conquistas do PAS PM entre 2019 e 2020 foi a aquisição da carreta itinerante, que possibilitou aos profissionais que atuam no Programa um local mais adequado, refrigerado e independente para a realização dos atendimentos médico, nutricionais e fisioterapêuticos. Outra melhoria, de acordo com a major, foi a ampliação do PAS PM para unidades ainda não visitadas pelo Programa, locais muitas vezes distantes da capital e de difícil acesso.

“Nós ainda não tínhamos ido ao município de Afuá, nem visitado as cidades que compõem o Comando de Policiamento Regional I [Santarém e região]”, comentou a coordenadora.

O Programa de Atenção à Saúde do Policial Militar (PAS PM) retorna em 2021 ainda focado na tropa do interior paraense.

Fonte: Agência Pará

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