A Rússia realizou, neste domingo (25), seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia, atingindo a capital Kiev e outras regiões com mísseis e drones pela segunda noite consecutiva. A ofensiva ocorreu mesmo após uma significativa troca de prisioneiros entre os dois países, considerada um raro gesto de cooperação em um conflito que já dura mais de dois anos.
Segundo autoridades ucranianas, pelo menos 12 pessoas morreram em diferentes localidades, incluindo crianças, e dezenas ficaram feridas. A Força Aérea da Ucrânia relatou que a Rússia lançou 367 armas de ataque aéreo — sendo 69 mísseis e 298 drones — em 22 regiões do país. A maioria dos artefatos foi interceptada, mas prédios civis foram atingidos e danificados em diversas áreas.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, descreveu a situação como uma “manhã de domingo difícil” após uma noite intensa de bombardeios. Em Kiev, sirenes de ataque aéreo soaram durante horas, e os moradores foram orientados a permanecer em abrigos.
A nova escalada acontece em meio à crescente pressão internacional sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para que aceite uma proposta de cessar-fogo. Apesar disso, Moscou tem intensificado seus ataques, com o episódio deste fim de semana superando o recorde anterior de ofensivas aéreas, registrado apenas na semana passada, quando 273 drones foram lançados em uma única noite.
As ações reforçam o cenário de tensão contínua no leste europeu e sinalizam que, apesar de gestos pontuais de negociação, o fim do conflito ainda parece distante.