O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), por atuar nos Estados Unidos para tentar obter sanções contra ministros do STF.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, autorizou o monitoramento das redes sociais de Eduardo, bem como a coleta de depoimentos dele e de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que será ouvido por ser apontado como financiador das ações do filho no exterior.
A PGR acusa Eduardo de tentar obstruir investigações relacionadas ao golpe de 8 de janeiro e ao inquérito das fake news. As condutas podem configurar crimes como coação no curso do processo, embaraço à investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O deputado estaria articulando com aliados de Donald Trump para punir autoridades brasileiras, incluindo delegados, procuradores e ministros do STF, com sanções como bloqueios de bens e cassação de vistos.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro reagiu às acusações afirmando que a PGR e o STF atuam de forma autoritária. Em vídeo, ele criticou o procurador-geral Paulo Gonet e o ministro Alexandre de Moraes, chamando-os de violadores de direitos humanos e classificando o processo como uma “farsa”.