“…nossa cidade tem talentos políticos, líderes respeitados, bons formadores de opiniões“. Porém, o que falta mesmo é vontade política para transformar a realidade histórica da cidade, e politicamente isso se faz de maneira mais objetiva por meio de partidos políticos amparados pela constituição.
Tailândia em 29 anos de Emancipação Política já acumula no minimo três grandes nomes em sua história política no tocante ao executivo. Posso listar pelo menos três prefeitos: Francisco Nazareno (1989-1992 e 1997-2000), Gilberto Sufredini (2009-2012) mais conhecido como Gilbertinho, e o atual prefeito Paulo Jasper, O Macarrão (2001-2004; 2005-2008 e 2016…). Cada um deles construíram suas próprias histórias e deixaram suas raízes, suas marcas e seu legado. E claro, todos pertenceram ou pertencem a algum partido político. Qual legado eles deixaram para os mesmos? Se transformaram em referências partidárias? Mudaram o modus operandi do partido?
E quanto aos partidos em Tailândia?
São ao todo segundo o site do TRE-PA 22* partidos em Tailândia: PSD 55, PT 13, PDT 12, PSDB 45, PR 22, PODEMOS 19; DEMOCRATAS 25,PMN 33, PSDC 27, PEN 51, AVANTE 70, PSC 20, PRP 44, PTC 36, PV 43 e PHS 31, PSB 40, PCdoB 65, PTB 14, PRB 10, PSL 17, PROS 90. Sobre tais partidos e seus respectivos presidentes e o que fazem pós, ou antes, do período chamado eleitoral pouco se sabe.
Porém, em período eleitoral boa parte dos partidos se transformam em moeda de troca. Barganham nem sempre por preço mais alto para apoiar esse ou aquele candidato “Pequenos partidos grandes negócios“. Já aos grandes partidos cabe oferecer secretarias, favores, empregos entre outros e quando falham no cumprimento da promessa são infernizados.
Contudo, graças ao sistema brasileiro, alguns políticos saem do anonimato em dois anos e dois anos, apresentado-se como conhecedores dos problemas sócio-econômicos, conhecedores das dores do povo, e possuidores das soluções de todos os problemas. Quando termina o período eleitoral acaba-se o conhecimento das dores do povo, somem simplesmente. Mas ocasionalmente um aqui ou acolá murmuram sobre o trabalho que outros estão fazendo, afinal de contas é só isso que sabem fazer.
Os partidos brasileiros são fisiológicos, se não o são na essência o são na prática e de uma forma muito voraz e bestial. Em Tailândia os partidos não negam essa infeliz máxima. Até partidos, com vereadores eleitos, no exercício do mandato, são quase extintos na prática. Contudo, como já mencionei em outros textos, “nossa cidade tem talentos políticos, líderes respeitados, bons formadores de opiniões“. Porém, o que falta mesmo é vontade política para transformar a realidade histórica da cidade, e politicamente isso se faz de maneira mais objetiva por meio de partidos políticos amparados pela constituição.
Logo, os partidos deveriam ser um meio para se chegar a um objetivo comum, coletivo. Os partidos deveriam funcionar de maneira regular fora do período eleitoral com reuniões, debates, palestras, visitas aos lugares mais carentes, reuniões com empresários e representantes da sociedade civil organizada, trabalhar futuras lideranças, propor e aperfeiçoar planos de ações para governos presente e futuros, partindo de uma visão mais ampla quanto ao interesse. Interagir com o executivo e com o legislativo em exercício, em fim, muitas ações os partidos poderiam executar, mas para isso é preciso abandonar a ideia de que partido é moeda de troca ou degraus para ascensão sócio-econômica, enquanto não mudar essa ideia os partidos continuarão sendo o que São e o que eles São vocês já sabem.
O sobre o que eles fazem mesmo precisamos descobrir!
*Não encontramos o PRTB listado no TRE-PA