Autoridades afegãs acusaram o Paquistão de bombardear uma casa na província de Khost, matando nove crianças e uma mulher. O ataque teria ocorrido à meia-noite no distrito de Gurbuz, segundo o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid. Ele afirmou que a residência de um civil, Waliat Khan, foi completamente destruída. Outras províncias, como Kunar e Paktika, também teriam sido alvo de ataques que feriram civis. O episódio ocorre em meio a um cessar-fogo frágil entre os dois países.
O Paquistão negou categoricamente qualquer responsabilidade, por meio do porta-voz militar Ahmad Sharif Chaudhry. As autoridades paquistanesas afirmaram que não atacam civis e rejeitaram as alegações afegãs. A negativa acontece em um momento de crescente tensão na fronteira. Ambos os governos vêm trocando acusações sobre violações e falta de cooperação. A crise diplomática se agrava com a ausência de progresso nas negociações bilaterais.
Mujahid declarou que o Afeganistão responderá “no momento certo”, sugerindo possível escalada do conflito. Ele classificou o ataque como violação do espaço aéreo e da soberania do país. O Emirado Islâmico ressaltou que tem o direito de defender seu território e seu povo. A comunidade internacional observa com preocupação o aumento das hostilidades. O incidente reforça a instabilidade contínua na região fronteiriça entre Afeganistão e Paquistão.
