Se a justiça fosse cega não faria distinção entre o rico e o pobre. Mas quem faz as leis são os políticos, o Judiciário apenas as aplica. Eis aí um dos itens responsáveis pela impunidade em nosso país, com certeza, efeito da crescente criminalidade. Frase popular: “A Lei só funciona para os pobres”. A maioria dos eleitores vota em políticos despreparados, enganadores, que aproveitam muitas vezes da ingenuidade e da própria miséria do povo. Quando chegam às casas de leis, só se preocupam com eles. Portanto, enquanto não escolhermos bons cidadãos para o legislativo federal, estadual e municipal, iremos sempre conviver com as injustiças. Infelizmente, a maioria dos péssimos parlamentares volta novamente a exercerem cargos políticos.
Se nós queremos mudanças profundas, sinceras e significativas é necessário nos prepararmos para analisarmos melhor os candidatos, caso contrário, sofreremos as consequências. A corrupção é uma violência, pois ela aniquila com os projetos de desenvolvimentos econômicos e sociais. A Lei deveria ser mais rígida, e a punição, crime inafiançável. Pois, a omissão e os desvios de recursos públicos praticados pelos que exercem cargos a serviço de um povo é um crime praticado contra a sociedade.
Os escândalos que aconteceram nestes últimos anos envolvendo “figuras” bastantes conhecidas do povo, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, se fossem julgados e os culpados condenados, era para as penitenciárias estarem lotadas de políticos, empresários e funcionários públicos. Fruta podre tem em todo lugar, mas está principalmente no alto escalão.
Aqueles que estão comprometidos com as corrupções, cujos processos se encontram em julgamento, devem estar preocupados, pois, haverá pressão para que os processos momentâneos paralisados venham à tona para serem julgados. O tratamento tem que ser igual para ambos.
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer ” (Albert Einstein).
MANOEL AUGUSTO