A palavra imperialismo, quando usada para descrever ou acionar belicista dos Estados Unidos ao redor do mundo, é considerada um termo exclusivo de comunistas, de intelectuais marxistas e que pretende desqualificar as intencionalidades democratizantes do país do norte nas civilizações que são vitimas de governos ditatoriais. A história recente demonstra que a guerra do Iraque, de 2003, foi apoiada por uma opinião pública previamente manipulada pela mídia nacional, que anunciava o envolvimento direto de Saddam Hussein no atentando às Torres Gêmeas e a produção de armas nucleares e outras químicas de destruição massiva. Após a invasão, nem a CIA, nem a NSA conseguiram provar a existência dessas armas, nem do envolvimento de Saddam Hussein nos atentados de setembro de 2001. As consequências da guerra foram de mais de 600 mil pessoas mortas, de forma direta ou indireta, e a de um país endividado, devastado pelo poder destrutor da força de coalisão, liderada pelos Estados Unidos, que se estima, gastou mais de 800 bilhões de dólares na operação.
Cineastas, historiadores e jornalistas ao redor do mundo denunciaram os fortes vínculos entre G. W. Bush e as empresas privadas de fabricação de armamentos, assim como os vínculos que essa família tem há décadas com os maiores empresários de petróleo do mundo. E que a guerra foi um agir oportunista dessas interesses para expandir seu poder no Oriente Médio.
Em 2005, Nestor Kirchner, presidente da Argentina, contou para Oliver Stone, que Bush tinha falado para ele, em confissão íntima, que “os Estados Unidos não se fizeram ricos por ter políticas como as do plano Marshall e sim por fazer a guerra”. A guerra do Iraque, em definitivo, e sem ninguém com argumentos suficientes para rebater esse argumento, foi consequência do interesse dos Estados Unidos (o governo e os setores empresariais que sustentam suas políticas) em se apropriar da exploração do petróleo naquele país, e pelo negócio que resulta para USA (para os megaempresários da indústria das armas) entrar em conflitos armados.
Em novembro de 2019, o Irã anuncia a descoberta de um importante campo de petróleo na província do Khuzistão. Em menos de dois meses, os Estados Unidos instigam mais uma guerra a milhares de quilômetros de distância, agindo de forma desproporcional e violando todos os acordos diplomáticos internacionais.
Vale lembrar que imperialismo, ou neoimperialismo (que qualifica sobretudo os USA na nossa era contemporânea) não se resume aos confrontos bélicos, nem se refere a um Estado liderado por um único sujeito sem renovação de mandato através do sufrágio. O imperialismo seria uma forma de expansão forçada e unilateral de uma forma de fazer política, de uma identidade cultural, de uma prática económica. As industrias culturais, sobretudo as que são ligadas ao que a gente conhece como “cultura de massas” (como a música e o cinema, em todos os países e com raras exceções) são também vítimas da pressão norte-americana por expandir sua cultura, o que tem como consequência lógica uma expansão da sua economia. Se a indústria cinematográfica norte-americana se expande em território brasileiro é porque a indústria local dá o espaço para que isto aconteça. O que tem consequências econômicas inegáveis no país. As grades dos cinemas, hoje, no Brasil, têm uma programação majoritariamente norte-americana, o que, como resulta óbvio, prejudica a indústria nacional, restringindo e enfraquecendo a capacidade de autofinanciamento para produzir localmente.
De forma direta ou indireta, os Estados Unidos impõem sua supremacia em todos os países. Seu potencial bélico é uma ferramenta de pressão na hora de aplicar sanções econômicas em países que se recusam a praticar os esquemas econômicos que contrariam seus interesses. Se o poder bélico dos Estados Unidos é regulador, de forma direita ou indireta do que acontece na vida económica, social e cultural de diferentes países ao redor do mundo, estamos falando sim, de um procedimento imperialista, no sentido mais elementar do termo.
É casual que a primeira potência bélica a nível mundial seja quem impõe sua língua, sua cultura? É democrático o agir unilateral nos últimos conflitos armados sobre populações soberanas como Síria, Iraque e hoje, potencialmente, o Irã?
O jornalista e ex-professor Urias Rocha, de Mato Grosso do Sul, realizou uma breve cronologia das invasões e ataques dos Estados Unidos ao redor do mundo nos últimos 150 anos.
A quantidade de mortes pelas quais são responsáveis é de aproximadamente 110 milhões de pessoas. Nunca foram denunciados formalmente ante tribunais internacionais:
1846/1848 – México – Invasão e ataque por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;
1891 – Chile – Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;
1891 – Haiti – Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;
1893 – Hawai – Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;
1894 – Nicarágua – Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;
1894/1895 – China – Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;
1894/1896 – Coréia – Tropas permanecem em Seul durante a guerra;
1895 – Panamá – Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;
1898/1900 – China – Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;
1898/1910 – Filipinas – Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos);
1898/1902 – Cuba – Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;
1898 – Porto Rico – Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje ‘Estado Livre Associado’ dos Estados Unidos;
1898 – Ilha de Guam – Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;
1898 – Espanha – Guerra Hispano-Americana – Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;
1898 – Nicarágua – Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;
1899 – Ilha de Samoa – Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;
1899 – Nicarágua – Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);
1901/1914 – Panamá – Marinha apoia a revolução quando o Panamá reclamou a independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;
1903 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;
1903/1904 – República Dominicana – Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;
1904/1905 – Coreia – Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;
1906/1909 – Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;
1907 – Nicarágua – Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;
1907 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;
1908 – Panamá – Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;
1910 – Nicarágua – Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;
1911 – Honduras – Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;
1911/1941 – China – Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;
1912 – Cuba – Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;
1912 – Panamá – Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;
1912 – Honduras – Tropas norte-americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;
1912/1933 – Nicarágua – Tropas dos Estados Unidos, com a desculpa de combaterem guerrilheiros, invadem e ocupam o país durante 20 anos;
1913 – México – Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;
1913 – México – Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;
1914/1918 – Primeira Guerra Mundial – EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;
1914 – República Dominicana – Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;
1914/1918 – México – Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;
1915/1934 – Haiti – Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;
1916/1924 – República Dominicana – Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;
1917/1933 – Cuba – Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;
1918/1922 – Rússia – Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;
1919 – Honduras – Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;
1918 – Iugoslávia – Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;
1920 – Guatemala – Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1922 – Turquia – Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;
1922/1927 – China – Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;
1924/1925 – Honduras – Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;
1925 – Panamá – Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;
1927/1934 – China – Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;
1932 – El Salvador – Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional – FMLN – comandadas por Marti;
1939/1945 – II Guerra Mundial – Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois à Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;
1946 – Irã – Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;
1946 – Iugoslávia – Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;
1947/1949 – Grécia – Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas “eleições” do povo grego;
1947 – Venezuela – Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;
1948/1949 – China – Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;
1950 – Porto Rico – Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 – Coréia – Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), no qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;
1954 – Guatemala – Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;
1956 – Egito – O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 – Líbano – Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;
1958 – Panamá – Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;
1961/1975 – Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe à ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;
1962 – Laos – Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 – Panamá – Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;
1965/1966 – República Dominicana – Trinta mil fuzileiros e paraquedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 – Guatemala – Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;
1969/1975 – Camboja – Militares americanos enviados depois da Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 – Laos – EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;
1975 – Camboja – 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 – Irã – Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;
1982/1984 – Líbano – Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel – e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;
1983/1984 – Ilha de Granada – Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 – Honduras – Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 – Bolívia – Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 – Ilhas Virgens – Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;
1989 – Panamá – Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 – Libéria – Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 – Iraque – Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de “Operação Tempestade no Deserto”. As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;
1990/1991 – Arábia Saudita – Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 – Somália – Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma derrota militar nas ruas da capital do país;
1993 – Iraque – No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 – Haiti – Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 – Zaire (ex-República do Congo) – Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;
1997 – Libéria – Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;
1997 – Albânia – Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;
2000 – Colômbia – Marines e “assessores especiais” dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o “gás verde”);
2001 – Afeganistão – Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;
2003 – Iraque – Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de “Operação Liberdade do Iraque” e por Saddam de “A Última Batalha”, a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.
ENTRE 2014/2016 esteve por trás do golpe que derrubou a nossa PRESIDENTA DILMA e claro com o objetivo de roubar o nosso petróleo.
2020 – matou o GENERAL QASEEM SULEIMANI, com certeza por conta do petróleo. Irã anuncia descoberta de imenso campo de petróleo.
Total de mortos promovidos pelos EUA atingiram 110 milhões de pessoas direto ou indireto. Sem ser denunciados em tribunais internacionais.
Fonte: Urias Rocha, jornalista e ex professor de Mato Grosso do Sul.