O pré-candidato à Presidência Álvaro Dias (Podemos-PR) defende a flexibilização do desarmamento. O senador diz que não foi respeitada a vontade do cidadão na área de segurança pública após a votação do chamado Referendo do Desarmamento de 2005. Dias ressalta ainda que o porte de arma deve ser direito de qualquer cidadão, enquanto a polícia não estiver aparelhada de forma a cumprir seu trabalho.
“Não houve respeito à decisão soberana do cidadão”, afirmou o senador na sabatina promovida pelo UOL, Folha de S. Paulo e SBT nesta segunda-feira (7). Em outubro de 2005, o referendo não permitiu que o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento entrasse em vigor.
Previsto na Lei 10826 de 2003, o Artigo 35 diz que “é proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei”
“Eu sou favorável ao cumprimento do desejo da população do país, da que é a possibilidade de ter o porte de arma”, declarou o senador. “Eu não posso negar esse direito ao cidadão brasileiro. Até que o Estado seja aparelhado o suficiente.Esse desarmamento não surtiu efeito. A violência aumentou. Não creio que [com o aumento do porte de arma] diminua, mas é um direito que o cidadão tem.”.
Para o senador, é culpa do Estado essa vontade de segurança da população. “A incompetência e a corrupção jogam no chão a segurança pública do país”, afirmou o pré-candidato. “O Estado tem que se armar. Se o cidadão se sentir seguro, não vai querer usar arma.”
“As polícias deveriam estar devidamente instrumentalizadas. A consequência é esse desejo da legítima defesa”, argumentou o senador. Além disso, para Dias “não cabe ao Exército” fazer a segurança cotidiana. “Sou contra a intervenção. Isso não é honesto com o Exército Brasileiro. Não é assim que vamos resolver o problema da violência no país.”.
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Fonte: UOL