Criança morre após quatro dias de espera por leito em UTI pediátrica

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Depois de quatro dias de espera por um leito em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Pediátrica, o pequeno Davi Lorenzo de Castro Castro, que era prematuro e tinha apenas um mês e treze dias, morreu no Hospital Infantil Santa Terezinha, no bairro de Nazaré, em Belém, por volta das 11h25, desta terça-feira (14).

A morte ocorreu cerca de 11 minutos antes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), provocada pela reportagem, informar que conseguiu a transferência da criança para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, na Grande Belém. “A Sesma solicitou, nesta terça-feira, 14, junto à coordenação da Regulação Estadual, a prioridade de leito na Santa Casa devido à gravidade do caso da criança. Diante da indisponibilidade imediata de leito na Santa Casa, a Central Reguladora Municipal conseguiu a transferência da criança para a UTI pediátrica do Hospital Metropolitano”, disse a nota às 11h36.

O pai do menino, Dyego Ulisses Castro, 25 anos, ficou em estado de choque com a triste notícia e comunicou a reportagem em breve áudio pelo WhatsApp. “Ele não resistiu, ele morreu”, em prantos, disse Dyego. Ele percorria atrás de leitos e estava em busca de apoio desde sexta-feira (10), quando a criança deu entrada no Santa Terezinha. O pai da criança esteve na Fundação Santa Casa de Misericórdia, no Pronto Socorro do Umarizal, no Ministério Público do Estado, mas ainda não tinha obtido resultado positivo.

Ainda segundo o pai de Davi, a criança nasceu prematura, com oito meses, estava com virose aguda e pneumonia, e precisava, com urgência, ser transferida para uma UTI Pediátrica, já que tinha mais de 28 dias.

“No Hospital Santa Terezinha não tem UTI Pediátrica e ele precisa urgente ser transferido de lá. Meu filho já quase não respira, está com muito catarro no peito. Trouxemos ele para o Santa Terezinha na sexta (10), onde ele já teve parada respiratória, foi piorando, está entubado, com coração acelerado e precisa de UTI Neonatal”, disse, Dyego Castro, antes da morte do filho. Ele trabalhava na construção civil e está desempregado há três anos.

Fonte: Oliberal.com

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