Como advogada especialista em Direito Médico, frequentemente me deparo com situações em que os direitos das pacientes, especialmente mulheres, são negligenciados ou desconhecidos. O objetivo deste artigo é trazer luz sobre alguns aspectos cruciais.
Toda mulher tem direito a um atendimento médico digno, humanizado e livre de discriminação. Isso inclui o direito à informação clara e completa sobre seu estado de saúde, opções de tratamento, riscos e benefícios, conforme o Código de Ética Médica e o Código de Defesa do Consumidor.
Outra informação importante é sobre o consentimento informado, nenhuma intervenção médica, seja um exame, tratamento ou cirurgia, pode ser realizada sem o consentimento livre e esclarecido da paciente. Este consentimento deve ser precedido de informações detalhadas e em linguagem acessível, garantindo que a mulher possa tomar decisões conscientes sobre sua saúde.
A saúde da mulher possui especificidades que exigem atenção redobrada. Questões como saúde reprodutiva, gestação, parto e menopausa demandam um acompanhamento especializado e respeito às escolhas da paciente. A violência obstétrica, infelizmente ainda presente, é uma grave violação de direitos e deve ser combatida.
É fundamental que as mulheres busquem informações sobre seus direitos e não hesitem em denunciar qualquer tipo de negligência ou abuso. A via judicial é um recurso importante para garantir a reparação de danos sofridos em decorrência de erros médicos ou violações de direitos.