O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro à apoiadores, e afirmou “Quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas“.
Bolsonaro continua politizando as forças armadas, e criando atmosfera de ameaça quanto a possibilidade de golpe militar “se nós não reconhecermos o valor desses homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar”.
Santos Cruz criticou Bolsonaro dizendo “Só posso dizer que isso é covardia com a população e com as Forças Armadas, que trabalham e se dedicam às suas atividades, à defesa do Brasil e em auxílio à população em todos os momentos de necessidade, sempre dentro da lei“.
O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo é general de divisão da reserva do Exército Brasileiro, foi comandante das forças da ONU no Haiti e no Congo.
O presidente continua alimentando o fantasma do socialismo no Brasil, prática histórica – em 1937 a farsa do Plano Cohen, elaborado pelo capitão Olímpio Mourão Filho, o mesmo que daria início ao Golpe de Estado no Brasil em 1964, apontava para um golpe comunista, Getúlio Vargas e militares se aproveitam do falso plano e estabelece o Estado Novo marcado pelo nacionalismo, anticomunismo, perseguição política, tortura e censura a imprensa; em 1964 as mesmas justificativas (ameaça comunista) foram dadas para o golpe militar que durou até 1985; Em 31 de agosto de 2016 Dilma Roussef sofreu impeachment, e nas ruas brasileiros diziam “Nossa bandeira nunca será vermelha” alusão principalmente ao socialismo.
Antes, durante e após as eleições Jair Bolsonaro continua falando em golpe socialista e comunismo, e isso sempre quando se encontra em situação de desvantagem, alguma pressão, faz uso desse discurso por saber que haverá pessoas disponível para lhe dar ouvidos.