Ministra atribui tarifas dos EUA e obstrução no Congresso a ações do ex-presidente e aliados
Em duras declarações nesta quarta-feira (6/8), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro por dois graves problemas atuais:
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As sanções comerciais de 50% impostas pelos EUA às exportações brasileiras
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A paralisação da pauta legislativa no Congresso Nacional
“O povo brasileiro não pode carregar nas costas o peso de Jair Bolsonaro. Primeiro, conspirou com um governo estrangeiro, fazendo o presidente dos EUA impor pesadas taxas às exportações brasileiras, comprometendo nossos empregos, empresas e a economia do Brasil em troca de pressão para sua anistia”, escreveu Gleisi em suas redes.
Crise internacional com reflexos internos
A ministra afirmou que as tarifas americanas, que entraram em vigor hoje, foram resultados de uma “conspiração” de Bolsonaro com o governo Trump:
“Primeiro conspirou com governo estrangeiro para pressionar por anistia, comprometendo empregos e nossa economia”, escreveu em redes sociais. Gleisi citou o envolvimento do deputado Eduardo Bolsonaro na articulação das medidas.
Congresso paralisado
O segundo front de crítica foi a obstrução parlamentar iniciada após a prisão domiciliar de Bolsonaro. Segundo a ministra, a oposição está travando:
- Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
- PEC da Segurança
- Subsídio na conta de luz (até 80 kW)
“Seus apoiadores no Congresso impedem votações importantes para trabalhadores”, acusou.
Reações e protestos
A tensão aumentou com parlamentares da oposição usando mordaças em sessão, simbolizando suposta censura do STF. Enquanto isso, as tarifas americanas começam a impactar setores exportadores.
“Este país tem Constituição, leis, poderes independentes e um povo altivo. Não pode ficar refém de Bolsonaro”, disse ainda Gleisi.
Destaques do conflito:
→ Sanções dos EUA vinculadas a julgamento de Bolsonaro
→ Eduardo Bolsonaro atuou como articulador das tarifas
→ Oposição paralisa Congresso em protesto
→ Projetos sociais ficam emperrados
→ Governo acusa estratégia de pressão por anistia
Fonte: Correio Braziliense