O governo do Reino Unido recuou de planos polêmicos para cortar benefícios por invalidez e doença, após enfrentar forte resistência de parlamentares do próprio Partido Trabalhista. A medida marcaria uma restrição nos critérios de elegibilidade ao Pagamento de Independência Pessoal (PIP), afetando milhões de pessoas com condições de saúde de longa duração.
A rebelião de 126 parlamentares forçou o primeiro-ministro Keir Starmer a modificar o projeto, aplicando as mudanças apenas a novos requerentes — uma concessão que visa conter a crescente insatisfação dentro do partido, às vésperas do primeiro aniversário de sua gestão.
Essa é a terceira reviravolta política em menos de um mês, intensificando as críticas sobre a liderança de Starmer e sua desconexão com os valores tradicionais do Partido Trabalhista. Analistas apontam que essas decisões podem prejudicar sua base eleitoral, já abalada por perdas para partidos como os Liberais Democratas, Verdes e o emergente Reform UK.
Apesar de deter ampla maioria no Parlamento, Starmer enfrenta crescente pressão por adotar políticas vistas como injustas, como também ocorreu com a tentativa de eliminar um benefício de aquecimento para aposentados. A recente série de recuos destaca as dificuldades do governo em equilibrar austeridade fiscal com justiça social.
Fonte: Al Jazeera e agências de notícias