Desde o início da guerra na Ucrânia, familiares de soldados russos mortos têm enfrentado restrições para confirmar a identidade dos corpos recebidos. Segundo a Radio Free Europe, as autoridades proíbem a abertura dos caixões e, em muitos casos, não fornecem justificativas claras para essa medida.
O cenário tem gerado desconfiança, especialmente diante de relatos de erros na entrega de corpos e ausência de documentos ou pertences pessoais dos soldados.
Estudos independentes estimam até 250 mil militares russos mortos no conflito, mas o governo russo não divulga dados oficiais. Algumas famílias relatam ter recebido documentos incompletos, escritos à mão, e até realizaram exumações para tentar esclarecer dúvidas sobre a identidade dos restos mortais.
Casos como o da família de Maksim Mikhailov, em Krasnodar, que não teve acesso a exames de DNA ou imagens do corpo, reforçam o sentimento de incerteza. Em outro episódio, uma família recebeu o caixão e o atestado de óbito de um soldado que mais tarde foi localizado com vida.
Autoridades ucranianas também denunciam dificuldades na identificação dos mortos durante as trocas entre os dois países, alegando que a Rússia tem devolvido corpos em condições que dificultam o reconhecimento.
Fonte: A REFERÊNCIA