Decisão é vista como “grande revés” para Bolsonaro e ajuda a “abrir caminho” para a aproximação das relações entre Washington e o Brasil, afirmam jornais.
A imprensa internacional deu grande destaque à retirada das sanções dos Estados Unidos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua esposa, Viviane Barci de Moraes. As sanções, que estavam em vigor desde julho sob a Lei Magnitsky (usada contra acusados de violar direitos humanos), significavam o risco de ter bens congelados nos EUA e a proibição de negócios com empresas americanas.
O jornal britânico The Guardian avaliou a medida como “um grande revés para [Jair] Bolsonaro e seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, que deixou seu cargo no Brasil para fazer lobby em Washington por medidas punitivas contra o que chama de ‘perseguição’ ao pai”.
O Financial Times explicou que a medida “ajuda a abrir caminho para a aproximação das relações entre os EUA e o Brasil após uma crise no início do ano, quando o presidente Donald Trump tentou forçar o Brasil a desistir do caso contra Bolsonaro, que chamou de ‘caça às bruxas'”.
Por fim, a Bloomberg destacou que a decisão representa um recuo “na luta que Donald Trump travou com o Brasil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, observando que o presidente brasileiro e o ministro “se recusaram a ceder diante da pressão dos EUA”.
