Radiofármaco nacional detecta doença até 20 anos antes dos sintomas, apesar de sanções internacionais. Cientistas iranianos criaram o radiofármaco Florbetapir, que diagnostica o Alzheimer 20 anos antes dos sintomas, superando sanções internacionais. O avanço, resultado de pesquisa nuclear pacífica, já apresenta resultados clínicos positivos e reafirma a autonomia tecnológica do Irã na área médica.
Apesar das sanções econômicas que limitam o acesso a insumos médicos, o Irã consolidou sua autonomia tecnológica com resultados clínicos promissores em 83% dos casos testados. Vale destacar que a substância identifica placas amiloides no cérebro – biomarcadores-chave da doença – através de tomografia por emissão de pósitrons (PET).
Enquanto países ocidentais dominam o mercado de diagnósticos precoces, o projeto nasceu no Centro de Pesquisa Nuclear de Teerã, convertendo conhecimento atômico em aplicações médicas. Segundo a OIEA, o Irã já treinou 1.200 especialistas em medicina nuclear na última década, investindo €28 milhões no setor. Por outro lado, especialistas globais ressaltam que, embora o radiofármaco acelere o diagnóstico, ainda não existe cura para a doença que afeta 55 milhões de pessoas mundialmente.
O avanço reacende debates sobre o potencial científico iraniano sob sanções. Enquanto a comunidade médica celebra a inovação, analistas geopolíticos alertam para a dualidade do programa nuclear do país. Atualmente, o Florbetapir está em fase final de testes e deve chegar a hospitais públicos iranianos em 2025, com possibilidade de exportação para aliados como China e Rússia.
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