Deputados e senadores da oposição estão ocupando as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ocupação, que se iniciou na noite de terça-feira (5), é realizada por meio de um revezamento de parlamentares.
A estratégia, segundo o senador Izalci Lucas (PL-DF), busca manter a ação de forma organizada e contínua. A ação foi motivada por um “pacote da paz” exigido pelos parlamentares, que inclui pautas como a anistia aos acusados pelo 8 de janeiro, o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes e a extinção do foro privilegiado.
A situação levou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a cancelar a sessão de terça e a convocar uma reunião de líderes para esta quarta-feira (6) em busca de um acordo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou a ocupação como um “exercício arbitrário” e um ato “inusitado e alheio aos princípios democráticos”. Ele fez um apelo à serenidade e ao diálogo, pedindo que os trabalhos sejam retomados para que o Parlamento possa cumprir sua missão em favor do povo brasileiro. Alcolumbre também anunciou uma reunião de líderes para discutir a questão.