Malcolm X, nascido Malcolm Little em 19 de maio de 1925, em Omaha, Nebraska, foi um dos líderes mais influentes e controversos do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. Ele é conhecido por sua defesa fervorosa dos direitos dos afro-americanos e por sua crítica incisiva ao racismo e à opressão sistêmica.
Primeiros Anos e Formação
Malcolm X teve uma infância difícil. Seu pai, Earl Little, um pregador batista e seguidor de Marcus Garvey, foi morto quando Malcolm tinha seis anos, em circunstâncias suspeitas que muitos acreditam terem sido um assassinato por motivos raciais. Sua mãe, Louise Little, foi internada em um hospital psiquiátrico, deixando Malcolm e seus irmãos em lares adotivos.
Na juventude, Malcolm se envolveu em atividades criminosas e foi preso por roubo em 1946. Na prisão, ele se converteu ao Islamismo e tornou-se membro da Nação do Islã, adotando o nome Malcolm X para simbolizar a perda de seu nome africano ancestral e rejeitar o nome de escravo.
Ascensão como Líder
Após sua libertação em 1952, Malcolm X tornou-se um ministro proeminente da Nação do Islã. Ele atraiu atenção nacional por sua oratória poderosa e pela mensagem da Nação do Islã, que pregava a supremacia negra, a autossuficiência afro-americana e a separação dos brancos.
Malcolm X foi um crítico feroz do movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King Jr., que defendia a integração e a não-violência. Em contraste, Malcolm X advogava pelo direito à autodefesa e acreditava que a integração era impossível de alcançar em uma sociedade profundamente racista.
Separação da Nação do Islã
Em 1964, Malcolm X se desiludiu com a Nação do Islã e seu líder, Elijah Muhammad, devido a desacordos ideológicos e revelações de comportamentos imorais de Muhammad. Ele fez uma peregrinação a Meca (Hajj), onde teve uma experiência transformadora ao ver muçulmanos de todas as raças orando juntos. Isso levou Malcolm a abraçar uma visão mais inclusiva do Islamismo e a adotar o nome El-Hajj Malik El-Shabazz.
Ativismo Internacional e Morte
Após sua viagem a Meca, Malcolm X fundou a Organização da Unidade Afro-Americana (OAAU) e começou a promover uma abordagem mais global para os direitos humanos dos afro-americanos, conectando sua luta com as lutas de povos oprimidos em todo o mundo.
Em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X foi assassinado enquanto discursava no Audubon Ballroom em Nova York. Três membros da Nação do Islã foram condenados pelo assassinato.
Legado
Malcolm X deixou um legado duradouro como um dos mais importantes e influentes líderes afro-americanos. Ele é lembrado por sua coragem em falar contra a injustiça racial, seu papel em inspirar o orgulho negro e a autossuficiência, e sua evolução de uma visão de separatismo para uma perspectiva mais inclusiva de justiça social. Sua autobiografia, escrita com Alex Haley, é considerada um dos textos mais importantes da literatura afro-americana e continua a influenciar gerações de ativistas e estudiosos.
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