O governo britânico anunciou em 23 de junho a intenção de banir o grupo de ação direta pró-palestino Palestine Action, equiparando-o a organizações como Al-Qaeda e ISIS, o que tornaria crime a participação no movimento.
Fundado em 2020, o grupo usa táticas disruptivas contra empresas ligadas à fabricação de armas para Israel, como Elbit Systems e Thales, e tem como alvo instalações no Reino Unido. Recentemente, ativistas danificaram aviões militares na base aérea RAF Brize Norton, ação que motivou a decisão do governo.
A Secretária do Interior, Yvette Cooper, justificou a proibição pela Lei de Terrorismo de 2000, destacando o prejuízo milionário causado pelos protestos. Já a Palestine Action alega que seus atos denunciam a cumplicidade do Reino Unido no conflito israelense-palestino, especialmente no genocídio em Gaza, e planeja contestar a proibição judicialmente.
Organizações de direitos humanos, como Anistia Internacional, criticam a medida, afirmando que ela ameaça liberdades fundamentais, como expressão e reunião pacífica. A decisão final sobre a proibição será votada no Parlamento no dia 30 de junho.
Fonte: Al Jazeera