Prazo para defesa no núcleo 1 do inquérito começou nesta quarta (30); julgamento na Primeira Turma está previsto para setembro
O STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou nesta quarta-feira (30) o prazo de 15 dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus apresentem suas alegações finais no processo sobre a suposta tentativa de golpe. Enquanto isso, na terça-feira (29), o tenente-coronel Mauro Cid, que também integra o chamado “núcleo crucial” da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), apresentou as suas alegações finais. Por ser delator no processo, ele entrega o documento antes dos outros réus, afirmando que não participou de qualquer plano golpista e apresentando diálogos como prova. Vale destacar que esta é a última etapa antes do julgamento, que deve ocorrer em setembro.
“Ao reconhecer, de forma objetiva e direta, que não havia qualquer elemento comprobatório de fraude, Mauro Cid reafirma sua postura de alinhamento com a verdade e com a legalidade democrática”, diz a defesa.
Na defesa de Cid, os advogados alegaram que o militar sempre agiu alinhado ao então comandante do Exército e acusaram a PGR de “deslealdade” por abandoná-lo “à própria sorte”. Por outro lado, a Procuradoria já pediu a condenação de todos os réus, incluindo Bolsonaro, apontado como articulador central dos eventos que culminaram no 8 de janeiro. Além disso, a PGR defende redução parcial dos benefícios da delação de Cid por omissões.
O processo avança com a expectativa de que o relator, ministro Alexandre de Moraes, analise as alegações e prepare seu voto para o julgamento. Entre os réus estão ex-ministros e militares, como Walter Braga Netto e Almir Garnier. Enquanto aguardam, as defesas buscam convencer os ministros sobre suas versões antes da decisão final.
Destaques:
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Prazo de 15 dias para alegações finais de Bolsonaro e réus
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Defesa de Cid nega participação e acusa PGR
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PGR pede condenação e reduz benefícios da delação
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Julgamento previsto para setembro na Primeira Turma
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Núcleo 1 inclui ex-ministros e militares
Fonte: CNN Brasil