Temer é aconselhado a não adiar reajuste do próximo ano de servidores civis

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Depois de ter sinalizado que aprovaria a medida proposta pela equipe econômica, o presidente Michel Temer está sendo aconselhado por assessores a não adiar o reajuste dos servidores civis no próximo ano.

A decisão final será tomada até sexta-feira (31), quando o governo tem de enviar ao Congresso o projeto de Orçamento da União do próximo ano, o primeiro do novo presidente da República.

Para fechar o Orçamento de 2019, o Ministério do Planejamento propôs ao presidente adiar o reajuste do funcionalismo civil, o que garantiria uma economia de cerca de R$ 6 bilhões.

Com isso, seria possível cumprir o teto dos gastos públicos e a meta fiscal do ano que vem – que prevê déficit de R$ 139 bilhões –, realocando recursos para as áreas sociais e investimentos.

Nos últimos dias, porém, depois de a medida ser dada como certa, Temer passou a receber conselhos de assessores para desistir da proposta.

Três argumentos são apresentados ao presidente:

  • O primeiro é que nenhum dos candidatos à Presidência está defendendo a medida. Ou seja, se aqueles que podem ser o próximo presidente não demonstram interesse na medida, por que Temer deveria se desgastar propondo algo que o novo ocupante do Palácio do Planalto pode não cumprir?
  • O segundo é que medida semelhante, proposta no ano passado, foi barrada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
  • Por último, assessores lembram que o próprio presidente negocia com ministros do STF uma forma de viabilizar o aumento de seus salários no ano que vem. Não faria sentido aprovar aumento do salário dos juízes do Supremo e adiar o dos servidores.

g1

 

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