Trabalhadores das mineradoras Hydro, Albrás e Alunorte fazem protesto nesta tarde de terça-feira, 13, na porta da sede da Justiça Federal, localizada na rua Domingos Marreiros, Umarizal, em Belém. Eles pressionam a justiça para derrubar o embargo à mineradora, que desde fevereiro opera com 50% das atividades. “Os trabalhadores temem que o desemprego em massa”, informa o presidente do Sindicato dos Químicos do Pará, Gilvandro Santa Brígida.
O embargo judicial parcial à produção da Hydro em Barcarena, foi requerido pelo Ministério Público Federal e Estadual, após as fortes chuvas que ocorreram na região de Barcarena, que inundaram a área da mineradora e toda redondeza. A lama vermelha atingiu rios igarapés e até poços artesianos. Na semana seguinte, o Instituto Evandro Chagas (IEC) constatou que havia um duto clandestino, por onde vazou rejeitos da produção de alumina, matéria-prima da bauxita, oriunda da mina de Paragominas, usada na fabricação do alumínio que é exportado.
“Queremos a liberação total das atividades. Queremos o fim desse embargo, que está causando um colapso em Barcarena”, assegura o presidente do Sindquímicos. Ele afirma, que a Albras tem altos fornos que não têm como aguentar ficar parados por tanto tempo. “Esse embargo é uma questão política”, critica Santa Brígida.
O grande temor dos funcionários das empresas é que a garantia de emprego, concedida em liminar da Justiça do Trabalho vai encerrar dia 19 de janeiro de 2019. A liminar foi requerida em ação ajuizada pelo Sindquímicos. “Queremos ser recebidos pela Justiça Federal. A justiça reúne com o governo, com a direção das empresas, mas não se reúne com os trabalhadores, que são a parte mais afetada desse embargo”, critica o presidente do sindicato.
A área em frente à Justiça Federal foi interditada pelos manifestantes.
Fonte: Roma News