Vinte e três dias após o início da greve nacional contra o governo do Equador, a cidade andina de Otavalo, símbolo da resistência indígena, tornou-se palco de intensos confrontos. O movimento indígena acusa o governo de transformar o local em uma “zona de guerra”, após o envio de tropas militares para conter os protestos.
A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) denunciou que soldados teriam disparado munição real contra manifestantes, aumentando a tensão e o clima de medo entre os moradores. Os protestos, que começaram como uma mobilização por direitos sociais, contra o aumento do custo de vida e políticas econômicas do governo, agora se transformam em um confronto direto entre o movimento indígena e as forças do Estado.
Líderes da CONAIE exigem a retirada das forças armadas da região e o início imediato de um diálogo, alertando que a repressão apenas “aprofundará o conflito e o sofrimento do povo”. Enquanto isso, Otavalo, coração cultural e político do movimento indígena, permanece em estado de alerta e resistência.