Dom Pedro I que proclamou nossa independência em 7 de setembro de 1822, e nos legou a Constituição de 1824, esta durou 60 anos, simplesmente a Constituição Brasileira de mais longa duração. O imperador na hora de comer não era tão exigente, pelo menos é isso que mostra a pesquisa da historiadora Ana Roldão e do jornalista Edmundo Barreiros.
Por ser rei, por ser imperador, logo se imagina que o gosto culinário de Dom Pedro fosse sofisticadíssimo, mas na verdade o que o Pedrão I gostava era de um belo prato de arroz com feijão e carne (típico brasileiro), e com frequência comia na cozinha, junto aos empregados, em vez de unir-se ao salão de jantar, onde era servido o cardápio imperial.
Os pesquisadores também revelam que o Imperador tinha por hábito e com frequência comia na cozinha, junto aos empregados, em vez de unir-se ao salão de jantar, onde era servido o cardápio imperial.
Ana e Edmundo relatam uma cena inusitada que ocorreu durante uma viagem pelo Brasil em que o imperador chegou antes da comitiva na fazenda que iria recebê-los:
“Sem se identificar, entrou pela cozinha e disse à cozinheira que estava com muita fome. E ela: ‘Ó moço, posso dar algo simples, porque estou esperando o imperador’. Ofereceu-lhe arroz, feijão, carne e aguardente. Quando o dono da fazenda entrou, viu o imperador sentado na cozinha, tomando cachaça, comendo a comida dos empregados e rindo“.
As informações dos pesquisadores repassadas para o site “Aventuras na História“, da Uol, é de que tomaram por base de pesquisas os livros de receitas do século 19, as anotações feitas pelos mordomos que serviam a família imperial, cartas e cadernos que listavam os itens da despensa.