Com 27 nomes, primeira equipe de transição de Bolsonaro tem 3 ministros e nenhuma mulher.

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A Casa Civil divulgou na tarde desta segunda-feira (5), em edição extra do Diário Oficial da União, os primeiros 27 nomes indicados – todos homens – pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que irão compor a equipe de transição. Destes, 22 foram nomeados e cinco, designados. Esses últimos não irão receber salário pelo trabalho.  Entre outros nomes, fazem parte da primeira equipe anunciada três ministros já anunciados por Bolsonaro: Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), general Augusto Heleno (Defesa) e Paulo Guedes (Economia). O juiz Sergio Moro, anunciado como futuro ministro da Justiça, não aparece na lista. Não há nenhuma mulher entre os 27 indicados ou designados.

Dentre os nomeados, também estão o advogado Gustavo Bebianno, que presidiu interinamente o PSL até o fim das eleições e é braço direito de Bolsonaro; o empresário Marcos Carvalho, sócio da AM4 Brasil Inteligência Digital, contratada para fazer o marketing digital da campanha eleitoral do presidente; e o deputado federal eleito Gulliem Lemos (PSL-PB), que se apresenta como Julian Lemos, vice-presidente do PSL e coordenador de campanha de Bolsonaro no Nordesste. O primeiro grupo que comporá a equipe de transição é composto por: Paulo Roberto Nunes Guedes (futuro ministro da Economia); Augusto Heleno Ribeiro Pereira (futuro ministro da Defesa); Marcos Pontes (futuro ministro de Ciência e Tecnologia); Marcos Aurélio Carvalho; Paulo Roberto; Luciano Irineu de Castro Filho; Paulo Antônio Spencer Uebel; Gustavo Bebianno Rocha; Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub; Gulliem Charles Bezerra Lemos; Eduardo Chaves Vieira; Roberto da Cunha Castello Branco; Luiz Tadeu Vilela Blumm; Carlos von Doellinger; Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho; Sérgio Augusto de Queiroz; Antônio Flávio Testa; Carlos Alexandre Jorge da Costa; Waldemar Gonçalves Ortunho Junior; Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub; Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro; Ismael Nobre; Alexandre Xavier Ywata de Carvalho; Pablo Antônio Fernando Tatim dos Santos; Waldery Rodrigues Junior; Adolfo Sachsida; Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque.

Bolsonaro pode indicar até 50 pessoas para a equipe que o auxiliará na análise das informações da atual administração. O grupo ocupará os chamados “Cargos Especiais de Transição Governamental”, que variam em uma escala de um a set– quanto mais alto, mais importante e maior a remuneração. Na lista desta segunda, os 22 nomeados estão entre os níveis quatro e seis. Seus vencimentos serão de R$ 9.926,60 a R$ 16.215,22, sem acúmulo de honorários especiais….

Todos terão de ser exoneradas em até 10 dias após a posse de Bolsonaro na Presidência, em 1º de janeiro de 2019. Benefícios como auxílio-moradia deverão ser avaliados. Cada indicado terá direito ainda a um celular para que acessemo sistema Governa, onde estão os dados fornecidos pela gestão de Michel Temer, por meio de certificado digital.

Também hoje foi realizada a primeira reunião da equipe de transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Ao fim da sessão, Onyx Lorenzoni anunciou a criação de dez grupos de trabalho. O número ainda deve crescer, segundo o o deputado federal e ministro extraordinário.

São eles: Desenvolvimento regional; Ciência, tecnologia, inovação e comunicação; Modernização do Estado; Economia e comércio exterior; Educação, cultura e desporto; Justiça, segurança e combate à corrupção; Defesa; Infraestrutura; Produção sustentável (agricultura e meio ambiente); Saúde e assistência social.

Onyx falou com jornalistas acompanhado de Heleno e Marcos Pontes. Ele afirmou que a equipe vai seguir “a máxima de muito trabalho e pouca conversa”. “Nós temos que baixar a cabeça, trabalhar muito fortemente para num espaço tão curto de tempo poder colocar os nossos conceitos para o novo governo. E o que nós queremos apresentar à sociedade brasileira, com humildade, é o fruto de muita dedicação, muito trabalho, muito amor pelo Brasil”, declarou.

O ministro extraordinário explicou que os cinco nomes designados foram ou cedidos ou disponibilizados por outros órgãos. “De hoje para amanhã, serão mais alguns nomes, inclusive alguns também fornecidos, indicados pelo próprio presidente [eleito]”, anunciou Lorenzoni. De acordo com o general Heleno, por conta da proposta de “redução significativa de ministérios” –hoje são 29 e Bolsonaro já disse que quer diminuir para 15–, a transição será “naturalmente bastante elaborada”. “É preciso ter muito entendimento entre as duas equipes, […] mas acho que vai correr tudo muito bem porque a predisposição do governo Michel Temer é favorecer todos os dados, todas as condições para que essa transição ocorra tranquilamente, com apoio total”, declarou o militar.

Fonte:UOL

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