27 de julho é o Dia Estadual de Combate Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço no Pará

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27 de julho é o Dia Estadual de Combate Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço no Pará
Foto: Divulgação (AID/Alepa)
Desde outubro de 2022, o Pará tem o Dia Estadual de Combate Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço no Pará, em 27 de julho. O projeto aprovado, de nº 47/2022, é de autoria da ex- deputada Dra. Heloísa 

Sobre a campanha educativa a autora do projeto explica que “A gente se preocupa muito com câncer de próstata nos homens, é necessário. O câncer de e pulmão é o segundo mais prevalente no sexo masculino, e em seguida vem o de cabeça e pescoço. Infelizmente, quando muitos desses homens procuram o tratamento, chegam sem parte da orelha, sem um pedaço do nariz. São cenas difíceis de aceitar”, disse a Dra. Heloísa Guimarães. Ela também acrescentou mais: “Umas das formas de prevenir o câncer de cabeça e pescoço é fazer a vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) nos adolescentes até 14 anos. O do Papiloma Humano é o principal fator desse tipo de câncer. Precisamos mais insistir que crianças e adolescentes com a faixa etária de 9 aos 14 anos de idade possam ser vacinadas, e, assim serão adultos mais saudáveis”, completou.

27 de julho é o Dia Estadual de Combate Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço no Pará
Dra. Heloíza Guimarães/Foto: Divulgação (AID/Alepa)

Fatores de risco – Alguém que fuma e bebe tem chances até 20 vezes maiores do que as de uma pessoa que não fuma e não bebe de desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. Os inúmeros malefícios causados pelo tabaco e pela bebida alcoólica em excesso são bem conhecidos, mas o perigo que esses dois vilões da nossa saúde representam – associados – é impressionante.

A infecção pelo HPV também pode ser a causa da doença. É cada vez mais frequente o diagnóstico da doença em indivíduos jovens, sem a exposição a tabaco e álcool, com tumores originados pelo HPV. O Ministério da Saúde estima que cerca de 7% da população brasileira, mesmo sem saber, podem ter o vírus HPV na boca. “Estudos recentes demonstram que a infecção oral pelo HPV é um fator de desenvolvimento do câncer de faringe e de boca. Uma das formas de contágio é por meio da prática do sexo oral sem proteção”, explica a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

27 de julho é o Dia Estadual de Combate Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço no Pará
Oncologista Paula Sampaio/Foto: Divulgação (AID/Alepa)

Sintomas – Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço são:

• Aparecimento de nódulo no pescoço
• Manchas brancas ou avermelhadas na boca
• Ferida que não cicatriza em duas semanas
• Dor de garganta que não melhora em 15 dias
• Dificuldade ou dor para engolir
• Alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias

Esses sinais também são causados por outras condições clínicas. Portanto, é importante conversar com seu médico.

Diagnóstico – O diagnóstico tardio, que representa 60% dos casos, no Brasil, além de aumentar os índices de mortalidade, significa que o paciente muito provavelmente terá sequelas. O câncer de cabeça e pescoço afeta diversas áreas e funções do corpo humano, como a respiração, fala, deglutição, paladar e olfato. “O câncer de cabeça e pescoço é mais facilmente tratado se for diagnosticado precocemente. É muito importante lembrar que 50% dos casos são evitáveis e que 80% são curáveis, por isso é importante ficar atento aos sinais e sintomas”, alerta a médica.

Prevenção – Procure manter uma alimentação saudável, pratique atividade física regularmente, mantenha sua higiene bucal em dia, evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, abandone o fumo, use protetor solar e pratique sexo seguro.

A fisioterapeuta Priscila Andrade, de 45 anos, descobriu o câncer escovando os dentes. Ela percebeu uma alteração na garganta e procurou logo um médico para investigar. “Logo que percebi a lesão, já fiquei desconfiada. Mas ninguém conseguia ver, tive que insistir para fazer uma laringoscopia que confirmou o diagnóstico, em janeiro de 2022“, lembra. “Fazer o autoexame, conhecer meu corpo, foi fundamental para descobrir o câncer a tempo”.

No exame, ela descobriu que tinha câncer de garganta com metástase na base da língua. Foram retirados 16 nódulos da garganta e, depois, Priscila passou por quimioterapia e radioterapia. “Como tive uma queda de resistência muito grande, precisei ser internada e conclui o tratamento no hospital. Foi difícil. Tinha dificuldade para respirar e comer. Passei 7 meses me alimentando por sonda. Perdi 23 quilos”, conta. Agora, Priscila está em remissão (sem sinal da doença), fazendo acompanhamento médico.

“Uma das coisas que o câncer ensina é ter persistência e perseverança”, afirma Priscila, que abandonou o vício em cigarro depois da doença. “Eu fumava muito, desde a adolescência, e tenho um histórico familiar com vários casos de câncer. Também convivo com outras pessoas que fumam. Não tinha como escapar”, avalia. “Por isso, é tão importante as pessoas saberem como o câncer é perigoso, para se cuidarem e prevenirem a doença, ou conseguirem um diagnóstico cedo, para ter mais chances de cura”, finaliza.

Reportagem e edição: Dina Santos – AID – Comunicação Social

Fonte: Alepa