Foi realizada na manhã desta sexta-feira (04.08), no auditório João Batista na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), o Encontro Regional de Conselhos Estaduais de Juventudes da Amazônia. No encontro, o debate foi sobre os Diálogos Amazônicos, que ocorrem em Belém nos dias 04 e 06 de agosto de 2023.
O Conselho Nacional da Juventude é a plataforma oficial de representação juvenil e de participação e controle social das juventudes no país. Instituído como órgão autônomo em 2005 pela Lei N° 11.129, ele reúne algumas das principais organizações da sociedade civil e lideranças juvenis do país, além de representantes do Poder Público. Entre as suas atribuições estão a de formular e propor diretrizes da ação governamental voltadas à promoção de políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens, articular, engajar e mobilizar redes e organizações juvenis, além de promover o intercâmbio entre Conselhos Estaduais e Municipais de Juventude do Brasil, assim como entre demais organizações juvenis nacionais e internacionais.
Marcos Melo é conselheiro estadual de juventude do Pará e presidente da ONG Olivia. Ele fala da importância do debate, uma vez que Belém é sede de Diálogos Amazônicos, durante alguns dias. “Estamos reunidos para uma série de eventos que discutem a Amazônia, justiça climática, sustentabilidade. Mas um dos principais pontos que a gente discute com os povos da Amazônia é a participação social da juventude.” Ele relata também que “nessa programação, temos o lançamento da Semana Nacional de Juventude, lançada aqui em Belém, e vamos seguir com ela até Brasília. Agosto é um mês em que a gente discute as políticas públicas da juventude, o estatuto da juventude e essa programação, hoje, aqui na Alepa, discute como é importante ter a participação social da juventude. Os desafios da juventude na região amazônica são enormes, daí a necessidade de termos esse momento. É fundamental a discussão de políticas públicas para a juventude no Brasil”.
Para Guilherme Barbosa, diretor de programas e projetos da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal, o encontro de conselheiros estaduais de juventude junto ao Conselho Nacional de Juventude e a Secretaria Nacional de Juventude e dos conselheiros estaduais busca mais pela participação da juventude, principalmente da mais distante. “É um grande desafio trazer os jovens para perto de nós. Primeiro porque, historicamente, a juventude sempre foi tirada desses dos lugares de discussão, principalmente na formulação de políticas públicas, de pensar a sociedade e o Brasil, e, mais ainda, a juventude amazônica”, destacou ele que finalizou: “O território amazônico é historicamente negligenciado pelo poder público. Vivemos um período muito difícil nesses últimos anos, que foi o avanço do desmatamento da região amazônica no Brasil, agora a gente começa a recuperar esses espaços de diálogo e de participação social”, concluiu.
“Esse é o encontro dos conselhos e juventudes da região da Amazônia. Integramos as atividades do mês da juventude que é mês de agosto. Hoje, cinco de agosto, é o dia que a gente celebra dez anos do Estatuto da Juventude. Então, é um marco importante para a garantia de direitos da população. É um mês que é repleto de datas importantes e que propõem reflexões sobre a política de juventude. Temos realizado milhares de atividade articulada por conselhos estaduais, gestores estaduais, movimentos sociais. Somos um espaço de participação social, através da Secretaria Nacional da Juventude“, disse Marcus Barão, presidente do Conselho Nacional da Juventude.