Maceió – AL, 2006, lá estava eu, com 17 anos, votando em Fernando Collor, do PRTB, para senador. Lembro como a disputa pelos votos dos alagoanos foi intensa e polarizada. O adversário do momento de Collor, era o então governador Ronaldo Lessa que o havia derrotado em primeiro turno nas eleições de 2002 para o governo.
Collor venceu a disputa para o senado federal com 550.725 votos, contra 501.239 votos de Ronaldo Lessa, hoje vice-prefeito de Maceió.
16 anos
De lá até cá 16 longos anos estão para se completar de mandato como senador, mas a velha raposa pretende reeleição. Porém em sua sombra está o então governador Renan Filho, do MDB, filho da outra raposa, Renan Calheiros.
Em pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 22 e 26 de abril mostra o favoritismo de Renan Filho, que lidera a corrida pela única vaga do estado em 2022:
Renan Filho tem 37,1% das intenções de votos, contra 20,2% de Collor. Em confronto envolvendo somente os dois Renan venceria com 46,3%, contra 27,2% de Collor.
Collor não é bobo
Mas, Collor não é bobo, e tem em seu cartel o currículo de um político de elite e vencedor : Filho de Arnon de Melo, ex-governador Alagoas, prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal, de 1983 a 1987, e governador do estado de Alagoas, de 1987 a 1991.
Caso o cenário se confirme Collor terá a difícil missão de vencer o então governador, Renan Filho, mais jovem governador da história de Alagoas e reeleito com votação super expressiva, em primeiro turno, com 1.001.053 votos.
Sobrenomes
Em Alagoas os sobrenomes Lessa, Palmeira, Calheiros e Mello, sempre estiveram estreitamente ligados a história do estado, e para os Mellos, o CALHEIROS é a sombra da vez. Mas, como se diz nas alagoas sob inspiração de Ney Matogrosso “se ficar o bicho pega e se correr o bicho come“.