Cabo Bruno era também conhecido como o “Maior Matador da PM”.
Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, marcou a crônica policial como líder de um temido esquadrão da morte na periferia paulista nos anos de 1980. Acusado de mais de 50 assassinatos, pessoas com tatuagens era seu principal alvo, ele agia como justiceiro nas horas de folga, acreditando ter o poder sobre a vida e a morte. Sua fama de “justiceiro implacável” dividia opiniões entre os que o viam como herói local e os que temiam sua frieza absoluta. Após diversas fugas (chegou a ser preso em 22 de março de 1985 na cidade de Paragominas no Pará) espetaculares, ele foi finalmente isolado em presídios de segurança máxima, condenado há 113 anos, cumpriu 27 anos de sua pena.

Cabo Bruno, chegou a dizer várias vezes que matava por uma simples razão: “odiava bandidos”.
Durante as décadas de cárcere, o ex-policial afirmou ter passado por uma profunda conversão religiosa, tornando-se pastor e pintor de telas. Ele casou-se com uma missionária dentro da prisão e dedicou seus últimos anos no sistema prisional a pregar o evangelho aos detentos. Cabo Bruno chegou a escrever cartas pedindo perdão às famílias de suas vítimas, alegando arrependimento genuíno por seus crimes passados. Sua conduta exemplar na reta final da pena garantiu pareceres favoráveis para sua ressocialização e a progressão para o regime aberto.

Imagem: Matuiti Mayezo/Folhapress
A liberdade definitiva foi concedida em agosto de 2012, mas sua nova vida fora das grades durou pouco mais de um mês. Em setembro do mesmo ano, ele foi executado com dez tiros na porta de sua casa, logo após retornar de um culto. O crime, que segue impune até hoje, é visto por investigadores e promotores como uma provável vingança por suas ações passadas. A história de Cabo Bruno encerra-se como um ciclo de violência que começou com execuções e terminou em uma emboscada fatal em 26 de setembro.
Fonte: Canal Na Cena Do Crime (YouTube).
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