Abril é o mês da conscientização contra a crueldade animal, mas, infelizmente, ainda convivemos com uma realidade triste e brutal: o abandono, os maus-tratos e a negligência seguem acontecendo diariamente diante dos nossos olhos e, pior, muitas vezes são ignorados.
Em diversas cidades, como Rurópolis, a cena se repete: cachorros vagando pelas praças, especialmente pela Praça Cívica, em completo estado de abandono. Soma-se a isso a crueldade do envenenamento de gatos e cachorros. Eu mesma já vivi essa dor, perdi um cachorro e um gato dessa forma. E, por fim, uma das práticas mais desumanas: virou rotina pessoas jogarem animais às margens das rodovias, como a BR-163. A crueldade chega ao ponto de colocarem gatinhos dentro de sacolas para descartá-los como lixo. Isso precisa parar.
É urgente reconhecer que essa não é apenas uma questão de compaixão, mas também de saúde pública. O descontrole populacional, a falta de vacinação, o acúmulo de fezes e a transmissão de zoonoses impactam toda a comunidade. O poder público precisa sair da omissão e assumir o seu papel com responsabilidade.
Algumas medidas fundamentais que os municípios precisam adotar com urgência incluem:
- Campanhas permanentes de castração gratuita com castramóvel;
- Feirinhas de doação e adoção responsável de cães e gatos;
- Campanhas de conscientização para que a população saiba que abandono e maus-tratos são crimes;
- Fiscalização ativa e atendimento veterinário emergencial;
- Parcerias com ONGs e outras instituições para a construção e manutenção de canis e abrigos públicos, oferecendo acolhimento digno a animais resgatados até que encontrem um novo lar.