A advogada criminalista Lalesca Moreira denunciou em suas redes sociais mensagens preconceituosas que recebeu em relação às suas vestimentas durante júris e audiências públicas. Comentários como “baiana do acarajé” e “lençol na cabeça” foram direcionados a ela devido ao uso de roupas brancas e da cabeça coberta, símbolos de sua fé no Candomblé.
Em entrevista ao Terra, Lalesca explicou que, desde sua iniciação no Candomblé, deve vestir branco, cobrir a cabeça e usar itens religiosos como o contregum e a umbigueira durante um ano.
Ela reforçou que, por lei, o uso de vestimentas religiosas não pode ser impedido em nenhum espaço, incluindo os ambientes jurídicos, garantindo seu direito à liberdade religiosa.
“Desde que fiz minha inicialização no Candomblé, preciso ficar um ano vestindo branco e com a cabeça coberta, além de usar um contregum e a umbigueira. Não posso sair de casa sem”, explica ela sobre o processo de “fazer santo” da sua vertente, a unzo mean dandalunda, uma casa de candomblé de Angola, com raiz Tombensi.
Com informações do Terra.