Eleição da cúpula da Câmara e do Senado
A princípio, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se movimenta para escolher um candidato fora do MDB à sua própria sucessão. Alcolumbre se reuniu anteontem com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, e avisou estar disposto a definir nos próximos dias um nome que não seja do deputados federais eleitos no Pará, a maior bancada da Casa.
Desde já, a eleição da cúpula da Câmara e do Senado está marcada para fevereiro de 2021. O Planalto não se posicionará contra o seu “plano B” após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter barrado a possibilidade de ele próprio concorrer à reeleição, disse Alcolumbre a aliados, impedindo também a recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara.
Objetivo de Alcolumbre
Contudo, a intenção de Alcolumbre é escolher alguém favorável à agenda de reformas e que não seja uma surpresa desagradável para o Palácio do Planalto. Antes da definição, o presidente do Senado pretende conversar com todos os aliados.
Portanto, na prática, a bancada do MDB, com 13 integrantes, começou a se movimentar para a disputa antes mesmo da decisão do STF. Os líderes do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e do Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), continuam cotados para ocupar o cargo. O líder do MDB, Eduardo Braga (AM), também se apresenta como candidato. Corre por fora a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB- MS), mais afastada do círculo de Alcolumbre.
Com informações do O Estado de S. Paulo