Enquanto discursava (13 de julho), o ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado, o atirador, segundo o Serviço Secreto dos Estados Unidos, foi abatido. O episódio é triste e lamentável, mas, ao mesmo tempo, revela as consequências que o extremismo político provoca.
O atentado, jamais justificável, germinou em um terreno fertilizado com discursos de ódio da extrema-direita, beligerância, radicalismo e nenhum apreço a democracia. Não podemos esquecer do 6 de janeiro de 2021, Trump incentivou seus apoiadores após oficialização de sua derrota para Biden em 2020, os tais obedeceram e provocaram a baderna que resultou inclusive na morte de apoiadores trumpistas quanto de policiais.
A democracia americana, tida como a maior democracia do mundo, desde a ascensão de Donald Trump mostrou sinais de fragilidades inimagináveis. Uma parte considerável da população apoia um “candidato” a presidência que não tem qualquer apreço aos princípios democráticos, a civilidade e a convivência política pacifica. Trump se alimenta de discursos e postagens ultrajantes, polarizadoras, que desinformam, e é querido por isso.
Nos Estados Unidos e aqui no Brasil a extrema-direita tentará se capitalizar politicamente com o atentado. Políticos bolsonaristas, de extrema-direita, já começaram a relacionar o Trump com Bolsonaro em 2018, no caso Adélio Bispo.
A extrema-direita, como já dito, se alimenta do mal, e não verá nenhum constrangimento em explorar o episódio lamentável ao qual Trump foi submetido para alcançar likes, capitalizar apoio e votos. A questão agora não é o atentado sofrido por Trump em si, mas em como os extremistas de direita tirarão proveito disso.
Ah, os democratas americanos, inclusive o presidente Biden, já se solidarizaram com Trump e sua família.