Bebê arrancado da barriga da mãe seria entregue para mulher que fingia gravidez a garimpeiro, diz polícia

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Gestante foi assassinada pela própria irmã, em Porto Velho. Um adolescente de 15 anos confessou que também participou do crime porque desejava entregar bebê à mãe, que simulava uma gestação.

O bebê de 8 meses que foi arrancado da barriga da mãe com uma faca, em Porto Velho, seria entregue a uma mulher que fingia estar grávida de um garimpeiro para “deixar de ser pobre”. A informação foi divulgada pela Polícia Civil nesta terça-feira (22).

Segundo investigação, o crime aconteceu no fim de semana no Loteamento Tropical, Zona Sul. Uma adolescente de 13 anos, irmã da vítima, é uma das suspeitas de matar Fabiana Pires Batista e retirar a criança do útero usando uma faca. Na ocasião, a suspeita ainda empurrou um sobrinho, de 7 anos, dentro de um lago e ele morreu afogado.

Em entrevista à imprensa, a delegada Leisaloma Carvalho explicou que a adolescente apreendida pelo duplo homicídio teve ajuda de outras pessoas, incluindo a de um adolescente de 15 anos. “A irmã de Fabiana estava com esse adolescente que está hoje aqui na delegacia. Ele participou deste homicídio horroroso e nos assustou saber o motivo”, revela.

Durante depoimento, o menor comparsa afirmou que decidiu ajudar no assassinato porque queria ficar com a criança de Fabiana.

“Sabendo que ela estava com 8 meses de gestação, ele queria a criança, pois a mãe dele estava namorando um garimpeiro e ela queria ‘sair da pobreza’ dizendo pra ele que estava grávida. Ela estava simulando uma gravidez e ia aparecer com essa criança. Ele diz que a mãe não participou do ato executório em si, mas que ele foi lá e que ele inclusive ajudou a cortar a barriga da vítima pra retirar a criança”, diz a delegada.

A menor de 13 anos e o adolescente de 15 anos foram apreendidos pelo duplo homicídio nesta terça-feira. A mãe do adolescente de 15 anos, suspeita de envolvimento no crime, já é procurada pela polícia.

Já o bebê arrancado da barriga foi encontrado pelos policiais nesta terça-feira na casa do menor de 15 anos, em Porto Velho. O recém-nascido foi levado para o Hospital de Base da capital e segue em observação médica.

Entenda o caso

No fim da tarde de domingo (20), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) foram informados por moradores que havia uma criança boiando em um lago nos fundos do loteamento. Na segunda-feira (21) ele foi identificado como Gustavo Henrique, de 7 anos.

Durante a tarde de segunda-feira, o pai dele foi até o local do afogamento e acabou encontrando Fabiana enterrada em uma cova rasa, com a barriga aberta.

De acordo com o sargento da PM, Divaldo Coelho, o corpo da mulher estava enterrado perto de onde Gustavo foi achado morto. Fabiana foi reconhecida pela família por causa da roupa que usava e de uma tatuagem.

“Nós encontramos o corpo de uma criança afogada nesse mesmo local. E os parentes começaram a procurar pela mãe, pois ela e a criança sempre andavam juntos. E infelizmente na data de hoje localizaram a mãe. Ela estava com parte do corpo enterrado e a outra parte fora e os parentes a reconheceram pela vestimenta e uma tatuagem em uma das pernas. Infelizmente foi confrontada as informações e constatado que é a mãe da criança que foi encontrada ontem (domingo)”, explicou o sargento.

Motivo do crime

Na coletiva, a delegada explicou o motivo que levou a adolescente a cometer o homicídio.

“A menina queria matar a irmã porque diz que era maltratada dentro de casa. A gente já apurou que ela tinha dentro de casa um comportamento um pouco trabalhoso. Ela saía pra beber, fugia da escola, e a irmã procurava por ela, chamava atenção e ela não gostava disso. Ela disse também que foi abusada pelo atual companheiro de Fabiana. Óbvio que isso vai ser checado posteriormente”, ressalta.

Fonte: G1

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