Em 1937, o Plano Cohen covardemente fora atribuído aos comunistas, no mesmo se dizia que os comunas fechariam igrejas, derrotariam o exército, profanaria os lares, acabaria com a liberdade de imprensa e estabeleceria uma ditadura. A extrema-direita foi quem deu o golpe com Getúlio Vargas estabelecendo a ditadura do Estado Novo que durou até 1945.
Em 1964, após anos de propagandas contra João Goulart e contra os comunas com o apoio da imprensa, de políticos, de religiosos (importaram inclusive o irlandês Padre Patrick Peyton com apoio da Cia para disseminar o anticomunismo no Brasil, era a Marcha com pela Família) e de homens e mulheres de bem.
E o resultado?
O Brasil foi mergulhado em uma sangrenta ditadura de 21 anos (1964-1985), que oprimiu os brasileiros, cassou mandatos, prendeu pessoas por crime de opinião, fechou jornais e revistas, censurou redações, matou opositores, sequestrou, torturou, matou dentro dos quartéis, exilou pessoas e fingiu aos olhos do mundo, que “ninguém segura este país”, “ame-o ou deixe-o” – a extrema-direita fez isso, e não os comunistas.
Nossa Bandeira Nunca Será Vermelha
Em 2016 a elite mais uma vez se organizou e protestou nas ruas contra a presidente Dilma Rousseff, no final, a mandatária sofreu impeachment. Quem assumiu? Michel Temer (aquele cujas imagens da PF mostram entrega de dinheiro a emissários de Temer e Aécio), com o apoio do grupo que dizia combater a corrupção.
Tanto em 2016 quanto em 2018 o grito era retumbante contra os comunistas “Nossa Bandeira Nunca Será Vermelha”, “Fora PT”. Lula já estava preso, Haddad perde as eleições, Bolsonaro é o presidente.
O Haddad, o PT, os socialistas e os comunistas vão para casa chorar a derrota e dormir. Aceitaram os resultados, o impeachment e o resultado da eleição.
Mas,
O vencedor das eleições, Jair Bolsonaro, começa um processo de longos 4 anos com ataques constantes contra a imprensa, STF, TSE, desrespeito as mulheres, descaso com a pandemia que resultou na morte de mais de 700 mil brasileiros, ataques contra o sistema eleitoral e contra a democracia. A extrema-direita fez isso, não os comunistas, não o PT.
O que aconteceu depois?
Bolsonaro perdeu as eleições para Lula. Mas, não aceitou a derrota. Com palavras cifradas e negligência de militares, o Jair mergulhou o país em um clima de grande tensão, com muitos brasileiros desejando, sonhando e pedindo a Deus uma intervenção militar, principalmente os que estavam acampados próximos de quartéis.
Em 8 de janeiro, a tentativa golpista com a quebradeira no Congresso Nacional e STF, envergonhando o país que até então era visto como um modelo de democracia na América. A extrema-direita fez isso, não os comunistas, não o PT.
Jair Bolsonaro envergonha o país e joga As Forças Armadas na lama
A operação da Polícia Federal só comprovou o que todo mundo já sábia. Bolsonaro não queria entregar o poder, que militares flertavam com a possibilidade de golpe, porém todos negavam quando interpelado. Agora, tenentes, generais, outros militares e autoridades sendo presos, humilhados publicamente. Isso não é perseguição.
Até uma minuta que previa Golpe de Estado, prisão do Ministro Alexandre de Moraes, e discurso pronto em caso de execução do golpe já estava prontinho. A extrema-direita fez isso, não os comunistas, não o PT.
Finalmente,
Jair Bolsonaro usou “As Forças Armadas” e os militares, amantes do golpismo e autoritarismo, flertaram com o capitão visando interromper a democracia, como mostram as provas levantadas pela PF.
A tática da extrema-direita é velha, culpar os comunistas. É só dizer que o PT vai aplicar um golpe e mudar a cor da bandeira. Na história do Brasil quem deu golpes? A esquerda? Não. A extrema-direita é quem adora golpes, e para isso cria suas fantasias e delírios. Se vencer as eleições, ok. Se perde é porque houve fraudes.
Diante de todas as provas, os extremistas de direita, os “bolsonaristas”, se defendem “Cadê o golpe?, “Não teve golpe.” É verdade, tentaram, mas não conseguiram, e é somente por essa razão que pude escrever esse texto. Viva o fracasso golpista, e viva a democracia.