O Brasil hoje com mais de 200 milhões de habitantes amarga a triste realidade de exibir sem pudor o total de 11 milhões de analfabetos. Notícia nova? Não. Em 2004 “Não podemos ignorar nem brigar com os dados. Em vez de lamentar, cabe ao poder público tomar medidas concretas para diminuir essa diferença”, disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, ela ainda continua certa.
Com a crise provocada pelo coronavírus os problemas da educação serão inevitavelmente gigantescos para o Brasil.
É verdade que o assunto é amplo e complexo, por isso nossa intenção é de resumidamente mostrar a realidade dos números, suas consequências e provocar ações transformadoras.
Em 2015 a então presidente Dilma Roussef em início de segundo mandato apresentou o lema de sua nova gestão: Brasil, pátria educadora. Segundo ela, a Educação seria a “prioridade das prioridades”. Cinco anos se passaram, governo Temer passou e o de Bolsonaro ai está, e a educação continua sem ser a “prioridade das prioridades“.
Quais seriam as causas do analfabetismo no país?
Especialistas no Brasil tem apontado alguns motivos específicos como Evasão Escolar, Falta de Infraestrutura e Preconceito.
- Evasão Escolar – Hoje cada vez mais crianças são introduzidas aos trabalhos domésticos e outras atividades com o fim de ajudar a família, e com isso perdem a motivação pelos estudos resultando em abandonando.
- Falta de Infraestrutura – Moradia distante da escola, trajeto longo e muitas vezes de estrada precária. Escolas sem a menor condições físicas para ministração das aulas. São muitas as fotos e vídeos que circulam na internet de escolas desestruturadas que culminam com a desmotivação de muitos alunos.
- Preconceito – Outro tema que preocupa e incomoda as autoridades é o preconceito e os chamados bullyng (prática de atos violentos, intencionais e repetidos contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas). O passar por situações vexatórias desestimula muitos alunos que simplesmente desistem.
E agora, quais são as consequências que este contexto de coisas produz?
Um cidadão que não consegue ler e escrever sofrerá sofrerá inúmeras dificuldades. Dificuldades para se inserir na sociedade, é a chamada exclusão social. Profissionalmente terá restrições para se profissionalizar e conseguir emprego, mas causará ao estado despesas, pois em não contribuir para os cofres públicos o estado por meio de programas sociais precisará amenizar as dores deste cidadão.
O Profissão Repórter em 2015 exibiu matéria intitulada “Analfabetos do Brasil” mostrando vários casos de brasileiros que perderam autoestima por causa do analfabetismo e o drama para se inserirem no mercado de trabalho. ASSISTA AQUI.
Quem são os mais atingidos pelo analfabetismo no Brasil?
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que existem diferenças entre brancos, negros e pardos.
Entre os brancos a taxa é 3,6% entre as pessoas que tem 15 anos ao mais. Já a para a população preta ou parda a taxa é de 8,9%. Quando é abordado a população acima dos 60 anos, a taxa é de 9,5% entre os brancos e 27,1% entre pretos e pardos.
Diferença entre regiões também
As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%.
Como acabar com o analfabetismo?
Uma das primeiras coisas a serem feitas é combater as causas do analfabetismo e investir na formação dos profissionais da educação e acompanha-los rigorosamente em atividade com o fim de contribuir para o aperfeiçoamento do docente, investir na educação, incentivar de forma objetiva novos e velhos a ler e escrever.
Como diz a Constituição Federal em seu Artigo 6ª “DOS DIREITOS SOCIAIS” que “São direitos sociais a educação…” independente de classe, gênero, raça, etnia, e o local onde vive.
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